domingo, 31 de maio de 2015

Capacidade de concentração diminuiu, mas aumentou a capacidade de multitarefa

Ponto negativo: dificuldade de relacionamento pessoal
Os seres humanos tem um déficit de atenção menor que de um peixe-dourado. Calma, leia antes de se assustar com o dado. Uma pesquisa da Microsoft Canadá, com 2 mil participantes, descobriu que a capacidade de concentração das pessoas vem caindo muito rápido. Em 2000, a média era de 12 segundos; hoje, conseguimos nos concentrar por apenas 8 segundos. Enquanto que o peixinho mantem sua concentração um pouco mais, 9 segundos. Mas, não se preocupe, pois esta queda não é tão ruim assim; é apenas diferente, porque nossa capacidade de multitarefa vem aumentando. E o cérebro humano, quando bem adestrado, consegue surpreender.

Quer um exemplo? A chamada Hipnose de Estrada. Quando dirigimos perfeitamente bem, por quilômetros e mais quilômetros, e sem perceber. É um fenômeno comum. O cérebro desliga as funções de consciência e continua no "piloto automático".

Vivemos mergulhados em informações. Crianças hoje moldam seus cérebros para achar isso absolutamente natural - o que é ótimo - pois estão aproveitando muito mais o seu tempo. E acabam desenvolvendo habilidades que as tornarão muito mais eficientes. Talvez a moda de tratar tudo como Síndrome de Déficit de Atenção tenha criado uma epidemia de crianças amansadas, medicadas com Ritalina, nos Estados Unidos. Quando na verdade, os pais devessem perceber os tempos são outros. E a maioria esmagadora dos casos pode ser apenas falta de organização e disciplina para ser multitarefa de forma eficiente. E por isso, forçar a mono-tarefa em crianças acostumadas a fazerem cinco coisas ao mesmo tempo, não seja uma boa ideia.

Uma explicação para esse fenômeno é neurológica. O cérebro infantil, super-estimulado funciona a mil. "Qualquer teste de desenvolvimento de inteligência mais antigo concluirá que a criança de hoje é gênio", afirma o neurologista infantil José Salomão Schwartzman, professor de pós-graduação do Mackenzie, de São Paulo. E explica que isso acontece porque a criança tem o cérebro mais exposto a uma quantidade crescente de estímulos desde cedo e estabelece precocemente um número maior de conexões entre neurônios.

Fonte: Thelegraph e Site Universitários (foto)

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