terça-feira, 5 de maio de 2015

A popularidade da televisão está com os dias contados?

Televisão ligada não significa público atento a programação
Enquanto emissoras de televisão brigam pela audiência, o telespectador cada vez mais se afasta da programação. Pesquisa confirma queda da popularidade da televisão, que confirma que 87% dos consumidores utilizam outro dispositivo enquanto "assistem" ao televisor.

O estudo Digital Video and the Connected Consumers foi realizado pela Accenture em outubro e novembro de 2014, com 24 mil consumidores de 24 países: Austrália, Brasil, Canadá, China, República Tcheca, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Holanda, Polônia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, e Estados Unidos. O tamanho da amostra em cada país foi representativo à sua população online, com entrevistados entre 14 e 55 anos, ou mais. 

A pesquisa revela que a influência da televisão nos moldes tradicionais de entretenimento pode estar chegando ao fim. A tela da TV estão sendo substituída na medida em que os consumidores se voltam para uma combinação de laptops, desktops, tablets e smartphones para visualizar conteúdo de vídeo.

A audiência em relação aos conteúdos de vídeo de longa duração, tais como filmes e televisão em uma tela de TV, recuou em 13% globalmente, ao longo do último ano, e em 9% no Brasil; 48% dos brasileiros gostariam de acessar diferentes tipos de conteúdo através da televisão. A audiência de esportes nas telas de TV também diminuiu cerca de 10% em todo o mundo. O Brasil aparece como um dos mercados que sofreu menor impacto com apenas 1%, já a Itália e a Indonésia aparecem com as médias mais elevadas, 28% respectivamente. 

Quase todas as faixas etárias apresentaram uma redução. Os jovens de 14 a 17 anos estão abandonando a tela da TV a uma taxa de 33% para filmes e programas de televisão, e 26% para os eventos esportivos. Esse declínio continua na faixa de 18 a 34 anos, a uma taxa de 14% para filmes e programas de televisão, e 12% para eventos esportivos, e na faixa etária entre 35 a 54 anos, a redução foi de 11 e 9%, respectivamente. Para os telespectadores de 55 anos e o público mais velho, contudo, a redução foi mais baixa, de 6% e 1% respectivamente.

Gavin Maan, líder mundial da indústria de transmissão da Accenture, afirma que os programas de TV e filmes representam a principal programação de aparelhos móveis de todas as formas e tamanhos, graças ao aperfeiçoamento do streaming e à maior duração da bateria. A experiência de visualização em uma segunda tela constitui o meio onde os criadores de conteúdo, transmissores e programadores terão êxito ou fracassarão.


Na medida em que os consumidores passam a assistir mais conteúdos online, a qualidade do serviço torna-se uma preocupação crescente. De acordo com a análise da pesquisa, 89% dos consumidores assistem a vídeos de longa duração em aparelhos conectados, mas muitos relatam problemas em suas experiências de visualização.
A principal reclamação de mais da metade (51%) dos entrevistados que assistem a vídeos online é a baixa qualidade da internet. As queixas são relacionadas às demasiadas inserções de publicidade (42%); atrasos no carregamento da mídia, ou seja, o tempo que leva para o vídeo iniciar a reprodução, (33%); e a perda de som ou distorções durante a reprodução (32%). A pesquisa também constatou que as emissoras tradicionais detêm uma forte vantagem sobre os novos ingressantes do mercado, já que os entrevistados mostraram preferência pelas redes de transmissão, provedores de satélite e TV a cabo dominantes, em relação aos novos provedores de internet.
Os futuros líderes das mídias e entretenimento serão aqueles que ouvem de fato, o público e que possam adequar os seus conteúdos e serviços a esta nova realidade.

Fonte: www.administradores.com.br


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