quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

QUINTA FEMININA: a historia da primeira mulher transexual é retratada em filme

À esquerda como Einar Wegener, e depois da cirurgia
como Lili Elbe
     A trajetória do primeiro homem da historia a se transformar em uma mulher é retratada em A Garota Dinamarquesa, com estreia marcada para fevereiro de 2016. O filme mostra a vida do artista Einar Wegener, que nasceu no ano de 1882. Inicialmente, ele posa vestido de mulher para sua esposa, que é pintora. Até que a prática é revelada como um típico caso de transexualidade. Einar sente-se como uma mulher presa em um corpos de homem. Seu sofrimento é tanto que, a essa altura, já com o nome feminino de Lili Elbe, contata médicos e decide pela mudança definitiva. Ela topa ser cobaia da primeira cirurgia para readequação sexual. Fez um total de cinco. Aos 49 anos, no entanto, faleceu, no dia 13 de setembro de 1931, em decorrência de uma tentativa de implante de ovários - que seu corpo rejeitou. Na tela, Einar é interpretado por Eddie Redmayne, ganhar do Oscar por A Teoria de Tudo.

     A dinamarquesa Lili Elbe nasceu Einar Mogens Wegener no dia 28 de dezembro de 1882. Artista de sucesso, decidiu parar de pintar depois de submeter-se a uma cirurgia genital, o que a tornou conhecida como provavelmente a primeira mulher transexual. Então, adotou o nome de Lili Ilse Elvenes. 

      Embora lhe tenha sido atribuído o sexo masculino ao nascimento, Elbe era intersexual, e tinha características tanto masculinas como masculinas. Chegou a ser casada com outra mulher, Gerda Wagner - sendo o casamento anulado depois da transição de que surgiram em decorrência de sua cirurgia de readequação sexual. 

      O casamento ocorreu em 1904. Os dois trabalharam como ilustradores, com Elbe especializado em paisagens e sua mulher ilustrava para livros e revistas de moda. Os dois  viajaram por toda a Itália e França, Elbe se vestiu com roupas de mulher pela primeira vez quando Gerda Gottlieb não encontrava modelos.

Fonte: Wikipedia

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Biopesticida para combater Aedes Aegypti tem resultados promissores

Plantas foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em
Pernambuco
     A partir de compostos de plantas da caatinga, como a cutia, a umburana ou umburana de cambão, pesquisadores do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga, rede articulada pelo Instituto Nacional do Semiárido, estão desenvolvendo um biopesticida para combater o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, da Chikungunya e do zika vírus. 

     Até o momento, os resultados se mostraram promissores, quando óleos essenciais ajudaram a combater o mosquito, exterminando até 50% das larvas do mosquito.

     A Organização Mundial da Saúde, a OMS, estima que três bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção das doenças causadas pelo Aedes Aegypti em todo o mundo. Todos os anos, cerca de 50 milhões de casos de dengue são registrados no mundo, sendo que 500 mil são considerados graves, e 21 mil resultam em morte.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

     

     

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A necessidade dos repelentes no verão

Enquanto não há uma medida eficaz para
 acabar de vez com pernilongos e,
principalmente, com o Aedes Aegypti, a
população deve procurar recursos para evitar
as picadas
      Com a chegada do verão e o incômodo com os pernilongos, e agora, mais do que nunca, o pavor com o Aedes Aegypti, responsável em transmitir a dengue, o zika vírus e Chikungunya, é necessário o uso de medidas para afastar o quanto for possível o mosquito do contato com a pele. Uma saída, são os repentes.

     De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, no local da aplicação, o repelente age formando uma "nuvem" de 4 cm de espessura e de largura, que impede o contato e a picada do mosquito na pele. O mosquito até pode estar próximo à pessoa, mas essa "nuvem" impede o contato direto e a picada. Por isso, a aplicação deve ser homogênea, em toda a pele, como se estivesse usando um filtro solar. Se o produto for aplicado na face, sua nuca não estará protegida.

     A questão de evitar o uso noturno, debaixo da roupa, não é por risco de intoxicação. A roupa sobre o repelente impede a formação dessa "nuvem" e o repelente se torna ineficaz, favorecendo o contato e a picada do mosquito. Ainda mais porque, segundo artigos científicos, 40% das picadas dos mosquitos ocorrem  sobre a roupa. Portanto, as pessoas que usam repelente à noite e se cobrem com pijamas ou roupas de cama, se tornam mais suscetíveis à picada do mosquito. 

Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Expectativas anteriores para anos posteriores

      Somos seres repetitivos; inconscientes, mas repetitivos. Não percebemos que ao final de todos os anos repetimos as mesmas palavras, as mesmas frases. Mensagens de otimismo para o ano que está para começar. Promessas de tentar fazer tudo de modo diferente ao que se fez no ano anterior. Desejos de felicidade plena. Esperança por novidades em todos os campos, principalmente no profissional e no afetivo. E a vontade de que o novo ano supere ao extremo as expectativas que 365 dias atrás depositamos no velho ano. 

     No entanto, sem percebermos, acabamos repetindo, durante os festejos, não somente as palavras, como, durante o ano todo, as nossas ações. Não fomos tão solidários como prometemos. Não deixamos de fumar como gostaríamos. Não nos organizamos para fazer aquela viagem que sonhamos fazer. Não perdoamos a quem deveríamos perdoar. Não tentamos mudar nosso estilo para tentar uma vida mais saudável. Não iniciamos o curso. Não mudamos de emprego. Não, não e não. O não nos consumiu durante os 365 dias. E claro, ao final dele, frustrados com o resultado - ou seja, nenhum -, só nos resta projetarmos no ano que se inicia, todas a expectativas.

      Implacável, o tempo passa sem esperar pelas mudanças que adiamos fazer. Portanto, antes da virada do calendário, o novo começa no exato momento em que você decide mudar. O seu ano começa a partir das suas atitudes. O resto - de 2015 para 2016 - são apenas números.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Fogos de artifício: beleza para os humanos e pavor para os cães

    Estamos há poucos dias a espera de mais um ano. Enquanto muitas pessoas preparam o estoque de fogos de artifício e rojões para comemorar o novo ano, outras começam a improvisar meios para tentar diminuir o sofrimento de seus animais de estimação. Mas, por que o barulho dos rojões incomoda os pets?

    Os cães possuem uma capacidade auditiva diferente do ser humano. De acordo com o médico veterinário Carlos Arthur Lopes Leite, do Setor de Clínicas de Pequenos Animais do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Lavras, de Minas Gerais, para efeito de comparação, o ouvido canino é capaz de perceber sons com frequência entre 10 Hz (unidade de medida da frequência de uma onda) e 40.000 Hz; enquanto que o homem percebe sons na faixa dos 10 Hz à 20.000 Hz. Além disso, os cães conseguem detectar sons quatro vezes mais distantes que o ser humano. A diferença entre os cães e o homem acontece por questões de evolução. O ser humano com seus olhos posicionados à frente (ao contrário dos cães que são mais laterais), consegue focar um objeto com maior precisão, além de ter um campo visual maior. Com esse aprimoramento  da visão, a audição ficou em segundo plano. Nos cães, há uma maior dependência do sentido  auditivo que nos homens. Assim, sua audição deve compensar suam visão. Sem contar que o homem se tornou tão especializado em suas faculdades mentais, que a audição é apenas mais um suporte ao processo, junto com todos os outros sentidos.

Como lidar com a situação

      Como é impossível evitar a queima de fogos nessa época do ano, o que o proprietário pode fazer é não ficar com o animal no colo, pois ele irá entender que o comportamento emitido naquele momento está correto e sendo recompensando. E evitar alimentá-los no momento dos fogos. 

     Uma dica é compensar o barulho dos fogos colocando um som mais alto e suportável ao cão no ambiente (como música ou televisão). Enriquecer o ambiente com brinquedos, para mantê-lo distraído. É bom evitar o acesso a locais potencialmente perigosos, como varandas, janelas e piscinas. Ou em casos mais extremos, quando os cães sofrem muito com o barulho, é buscar ajuda junto ao médico veterinário para que sejam prescritos sedativos, a fim de tranquilizar o animal.

Fonte: IDMETPET

sábado, 26 de dezembro de 2015

Papai Noel e suas versões

A figura do Papai Noel foi deixando de lado a
característica do "velhinho contador de historias", para
estar mais associado ao consumismo. Sua imagem, para
muitos é mais associada ao Natal do que Jesus Cristo
     Boa parte das pessoas, quando criança, um dia acreditou na existência do Papai Noel. A historia do bom velhinho, que faz muitos pequenos acreditarem num ser que entrega os presentes na véspera do Natal, começou há muitos anos. Estudiosos afirmam que a existência do personagem foi inspirada num bispo chamado Nicolau. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

     A associação da imagem de Nicolau, que mais tarde transformou-se em santo, ao Natal, aconteceu na Alemanha, e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel, e em Portugal de Papai Natal. 

      Até o final do século 19, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. Foi aí que surgiu a vestimenta com as cores vermelha e branca, adornada com um cinto preto. A criação foi apresentada na revista Harper's Weeklys no mesmo ano. 

     Em 1931, a figura do Papai Noel ganhou força pelas mãos de um desenhista norte-americano Haddon Sundblom. Contratado por uma famosa marca de refrigerantes, a criação foi associada às cores da marca famosa, e com o passar do tempo se popularizou e foi além das campanhas publicitárias, tornando-se símbolo do Natal.

Tentativa frustrada, a figura do Vovô Índio foi criada para
substituir o já criado Papai Noel

      Esse personagem surgiu a partir de uma série de práticas folclóricas europeias e de cultura popular. Embora houvessem características específicas para cada povo ou época, havia, em comum, a entrega de presentes e doces às crianças, conduzidas por figuras divinas ou sacras.

     No Brasil, na década de 1930, com o movimento crescente de nacionalismo no País, surgiu a figura do Vovô Índio, versão tupiniquim e nacionalista do Papai Noel, que teria sido criada pelo jornalista Cristóvam Camargo. Tal política cultural acabou se transformando em uma verdadeira "caça às bruxas", contra todo e qualquer hábito, comemoração ou elemento que pudesse ser visto como um tipo de estrangeirismo. Por isso, até a figura do Papai Noel acabou sendo julgada como antinacionalista. Afinal, em nada tinha a ver com o Brasil, um sujeito com vestimenta de tecido grosso, cercado de renas, e associado ao clima frio e nevoso. Por isso, os integralistas resolveram criar um substituto abrasileirado, que deveria ter a mesma função de seu "concorrente": contar historias às crianças e distribuir presentes, desde que tivessem procedência brasileira. A lenda criada pelos integralistas dizia que Vovô Índio era filho de um escravo africano com uma índia. Contudo, foi criado por uma família branca, que graças à benevolência de seu irmão, acabou livre da condição de escravo. No entanto, a figura não se popularizou.

Fonte: Ministério da Cultura 
         Sua Pesquisa
Foto: Internet

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

LER&SER: Laranja Mecânica - Anthony Burgess

     Narrado pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora historia cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma resposta igualmente agressiva de um governo totalitário.

     A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor -  empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de 1984, de George Orwell, e Admirável Mundo Novo,  de Aldous Huxley, Laranja Mecânica é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século 20.

     Adaptado com maestria para o cimema em 1972, por Stanley Kubrick, é uma obra marcante: depois de sua leitura, você jamais será o mesmo. Agora uma nova tradução brasileira.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

QUINTA FEMININA: Ava Gardner, uma das mais belas atrizes de Hollywood

Coroada por críticos como a dona do
rosto mais bonito de Hollywood
     A atriz norte-americana do cinema clássico Ava Lavínia Gardner nasceu no ano de 1922, véspera do Natal. Indicada ao Prêmio Oscar, foi uma das grandes estrelas do século 20. Considerada mito, está entre as 50 maiores lendas do cinema, tendo como destaque sua exuberante e fotogênica beleza.

    O início de sua carreira aconteceu por conta de seu cunhado. Fotógrafo em Nova Iorque,  Larry Tarr encheu suas vitrines com fotos de Ava Gardner, então com 16 anos de idade. Uma dessas fotos foi vista por um funcionário da Metro Goldwyn Mayer, Barney Duhan, que aconselhou Larry a encaminhar as fotos para o estúdio. Admirada pelo direitor George Sidney, foi convidada para ir para Hollywood para tentar um pequeno teste. Trabalhou como modelo de agência e fez aulas de dicção para perder o sotaque da cidade sulina de Smithfield. Fez pequenas aparições em filmes sem ao menos ter seu nome nos créditos.


Uma campanha publicitária denominou
a atriz de "O mais belo animal do
mundo"
     Em 1941, Mickey Rooney fazia um musical na Broadway, no qual imitava Carmen Miranda, de baiana e maquiagem exagerada, e quando conheceu Ava. Casaram-se em 10 de janeiro de 1942, divorciando-se um ano depois. Seu segundo casamento aconteceu três anos depois com o músico, compositor e regente Artie Shaw; e assim como o primeiro, este segundo matrimônio durou pouco mais de um ano. Mas o seu último e mais marcante casamento foi com Frank Sinatra, a Voz, no ano de 1951, e que durou um pouco mais que os demais; oficialmente, a separação ocorreu em 1957. Depois disso, Ava Gardner não mais se casou e nunca teve filhos.

     Antes do auto-exílio, Ava Gardner foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, em 1953, pelo papel em Mogano, estrelado ao lado de Clark Gable e Grace Kelly. Em 1954, protagonizou A Condessa Descalça. Depois que deixou os Estados Unidos nunca mais morou no país. Preferiu a mudança para ficar longe de Sinatra, ou talvez por ter sido vítima  do Marcathismo, perseguição aos comunistas ordenada pelo general americano MaCarth, nos anos 50 no auge da Guerra Fria.

     Depois que sua carreira declinou, nos anos 60, a bela mudou-se para Londres, onde passou seus últimos dias, quase que anônima, entregue à bebida. Ava Gardner morreu em Londres, no dia 25 de janeiro de 1990, em consequência de uma pneumonia e foi enterrada em sua cidade natal, onde hoje existe um memorial em sua homenagem.

Fonte: E-Biografias

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Todos unidos contra o inimigo número um do Brasil, o Aedes Aegypti

O vilão mais procurado do Brasil. Difícil
encontrá-lo, mas com mudança de
hábitos, é fácil combatê-lo
     Um grupo de especialistas da Universidade de Campinas, a Unicamp, se unirá numa força-tarefa para encontrar meios para combater o Zika vírus. Chamado de Projeto Zika, o objetivo é a troca de conhecimentos através de pesquisas que cada um já tenha desenvolvido sobre doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e Chikungunya. O trabalho está sendo conduzido pela Pró-Reitoria de Pesquisa.

     A Unicamp objetiva investir num laboratório de nível 2 de segurança biológica, os chamados guidelines. São laboratórios que trabalham especificamente com determinados vírus para manuseio com segurança e que precisam atuar sob pressão negativa do ar. Enquanto a ideia não se concretiza, o Grupo de Trabalho vai utilizar laboratórios de outras cidades, como por exemplo, Ribeirão Preto.

     De acordo com a professora Glaucia Pastore, pró-reitora de pesquisa, a Unicamp tem dentro de seus quadros especialistas com alto gabarito, que podem trazer uma solução para beneficiar a sociedade e a saúde pública. "Enquanto estávamos tratando da dengue, veio a complicação, o zika vírus, tornando obrigatório o envolvimento de todos para combatê-lo." Não se trata de uma iniciativa regional. É algo maior. É necessário conhecer o ecossistema do mosquito, conhecer seus hábitos, sua fisiologia, qual seu ponto de ataque e entender tudo o que está acontecendo.

     No futuro, serão escolhidos outros alvos da pesquisa. A ideia é então oferecer um grande conhecimento sobre o zika vírus aos órgãos governamentais, pois existe uma probabilidade de surgirem outras doenças virais transmitidas pelo mosquito.

    O projeto da Unicamp conta com o apoio da Secretaria de Saúde de Campinas e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapesp.

Fonte: Unicamp

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Aumentam os casos de microcefalia. E surgem os boatos sobre a doença

O Aedes Aegypti, que transmite dengue e chikungunya,
também pode transmitir o zika vírus
     Boatos são notícias que correm publicamente, de boca em boca, sem procedência conhecida e sem veracidade confirmada. Geralmente, está associada à tragédias ou difamações; dificilmente haverá um boato citando bons acontecimentos. E com o crescente número de crianças que estão nascendo com microcefalia, já era de se esperar que vários boatos em torno dos casos fossem criados, o que contribui para aumentar ainda mais o pavor sobre um assunto delicado. 

     Informações equivocadas têm circulado na internet e aplicativos de celular associando o Zika vírus à doenças neurológicas que acometem idosos e crianças, à vacina de rubéola e ao mosquito transgênico, causando ansiedade e até pânico em quem acredita nelas.

Mosquitos transgênicos

    Segundo o entomologista Paulo Roberto Urbinatti, do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, não existe nenhuma pesquisa científica comprovando a associação dos mosquitos geneticamente modificados com os casos de microcefalia. Os mosquitos transgênicos foram criados para combater o Aedes Aegypti. Em cidades pequenas onde eles foram soltos na natureza, como em Juazeiro, no interior da Bahia, houve o controle do vetor e consequentemente a transmissão da doença.

Vacina contra a rubéola

     Segundo as falsas notícias que circulam na internet, um lote vencido  de vacinas contra a rubéola teria sido aplicado em gestantes, e isso teria ocasionado microcefalias nos bebês dessas mulheres. Isso não é possível acontecer, justamente pelo fato de que a vacina da rubéola ser contraindicada à gestantes. Ela é aplicada apenas em crianças aos 15 meses de vida e em mulheres em idade fértil, com a recomendação de que não engravidem nos 30 dias posteriores à vacinação. 

     No entanto, caso a gestante seja infectada pela doença no primeiro trimestre da gravidez e desenvolva a síndrome da rubéola congênita, ela poderá transmitir a doença ao feto, e este possivelmente terá malformações que vão desde microcefalia, glaucoma congênito, retardo mental, surdez e até o óbito.

Síndrome de Guillain-barré

     O Zika vírus pode ter associação com o aumento da Síndrome de Guillain-barré, no caso, no nordeste brasileiro, porém ainda não existe confirmação científica. As pessoas passaram a acreditar nessa ligação porque surgiram mais casos da Síndrome no mesmo período em que cresceu a epidemia do Zika vírus.

     De acordo com Marcos Boulos, coordenador de controle de doenças da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e infectologista aposentado da Faculdade de Medicina da USP,  essa conexão poderia ser feita porque certas enfermidades de comprometimento neurológico estão ligadas a vírus e bactérias em geral.

Fonte: USP

    

     

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A linguagem através dos códigos. QAP?

      O Código Fonético Internacional e o código internacional de sinais, o Código Q, foram aprovados em 21 de dezembro de 1959, na Convenção Internacional de Telecomunicações em Genebra. A função do Código Fonético e do Código Q é simplificar, dar maior fluidez, e principalmente o entendimento entre operadores de radiocomunicação em qualquer idioma, tanto falado, quanto codificado em Código Morse, pela substituição de informações por um conjunto de três letras, sempre iniciadas pela letra Q. O mesmo grupo de letras pode ter sentido negativo, quando seguido da letra N, ou afirmativo seguido da letra C.

     O Código Fonético Internacional associa respectivas letras do alfabeto à respectivas palavras. Sendo A correspondente a Alfa, B correspondente a Bravo, e assim sucessivamente. Internacionalmente, foi criado um alfabeto-padrão pela Organização de Aviação Civil Internacional e também adotado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN. 

     O Código Q e o Código Fonético Internacional são muito utilizados por radioamadores do mundo inteiro em troca de informações e mensagens, tanto em curta distância quanto em longas distâncias. Além destes, os códigos são utilizados por serviços diversos, , tanto civis quanto militares, profissionais e empresas de comunicações, ou aqueles que utilizam a radiocomunicação entre seus integrantes.

domingo, 20 de dezembro de 2015

A dengue é um perigo para os cães?

     Com a proximidade das altas temperaturas, volta o temor ao inimigo número um dos brasileiros: o Aedes Aegypt, o popular mosquito da dengue. Para os humanos, a presença do mosquito representa um risco à saúde. Mas, e para os animais? Há o risco de cães contraírem dengue? A resposta é não.

     Apesar do mosquito transmissor da dengue conseguir picar outros animais, ele só é capaz de transmitir a doença para humanos. O homem é o único reservatório vertebrado do vírus. Por isso, tanto o cachorro quanto o gato não terão a doença caso sejam picados pelo mosquito.

    Segundo estudo publicado no Journal of Medical Entomology, uma das possíveis razões para isso é que o sangue humano tem uma determinada concentração de uma proteína (isoleucina) que o mosquito utiliza para sintetizar suas reservas energéticas e se reproduzir. Daí, sua preferência pelo sangue humano, fazendo-o transmitir a doença.

Cuidados

     Vale lembrar que os cães não fazem parte do ciclo da dengue, porém são responsáveis por outras doenças gravíssimas transmitidas por mosquitos, entre elas, a leishmaniose e a dirofilariose. Por isso, é muito importante fazer uso de produtos específicos que afastem os mosquitos, e no caso da dirofilariose, utilizar um medicamento específico.

Fonte: Artigo da médica veterinária Andrea Chemin para o site Bru Pacífico
Foto: Planeta Sustentável

     

sábado, 19 de dezembro de 2015

Museu do Amanhã: passado e presente juntos para entender o amanhã

Rio de Janeiro ganha mais um museu. O Museu do Amanhã,
inaugurado essa semana
      Vivemos em uma sociedade em frequente transformação. As mudanças que lá atrás ocorreram, nos impactam hoje. E para saber como as escolhas feitas hoje pela sociedade irão impactar a humanidade nas próximas décadas, examinar o passado, entender as transformações atuais e imaginar cenários possíveis para os próximos 50 anos, são algumas das propostas do Museu do Amanhã, inaugurado na última quinta-feira, no Rio de Janeiro.

     Assinado pelo premiado arquiteto espanhol Santiago Calatrava, o prédio está localizado no Pier Mauá, zona portuária da capital fluminense. Conta com ambientes audiovisuais, instalações interativas e jogos disponíveis ao público em português, inglês e espanhol. Com design futurista, o teto é formado por grandes abas que abrem e fecham de acordo com a intensidade  do sol e servem não apenas para fornecer sombra, mas também formam as bases para a colocação de placas fotovoltaicas, responsáveis pela captação de energia solar. 

     A principal exposição ocupa o segundo andar do museu. Com curadoria do físico e doutor em cosmologia Luiz Alberto Oliveira, o público contará com cinco grandes áreas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Agora.

     Na parte Cosmos, o visitante irá ver as origens do homem. Em Terra, três grandes cubos de sete metros investigam as três dimensões da existência: matéria, vida e pensamento. A área Antropoceno tem como foco o entendimento de que a atividade humana se tornou uma força geológica e que o homem está transformando a composição da atmosfera, modificando o clima, alterando a biodiversidade e mudando o curso dos rios. O Amanhãs foca nas grandes tendências para um mundo onde existirão mais pessoas, vivendo por mais tempo, nas cidades gigantescas, na hiper-conectividade e nas questões de convivência. E por fim, o Agora propõe o engajamento do visitante na ideia de que o futuro começa agora.

Dia do Museólogo


101 anos de vida e parte integrante da historia
dos museus brasileiros
      Como forma de lembrar a data - 18 de dezembro -, quando se comemora os 30 anos de regulamentação da profissão, nada melhor do que citar Lygia Martins Costa, que completa 101 anos de idade na mesma data e é uma pioneira da museologia brasileira.

     Com mais de 50 anos de dedicação à área, D. Lygia formou-se em 1939 pelo pioneiro curso de museus do Museus Histórico Nacional. Trabalhou no Museu Nacional de Belas Artes e no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN.

     A museóloga teve participação fundamental na implantação do Conselho Internacional de Museus (Icom) Brasil, em 1948, e representou o Brasil na histórica Mesa Redonda de Santiago, realizada em 1972, que consagrou as teses da Museologia Social. 

      
Fonte: Ministério da Cultura e Instituto Brasileiro de Museus
Foto: Divulgação

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

LER&SER: "O Risco" - Rachel Van Dyen

     Beth nunca fez nada arriscado. De inconsequente. De divertido. Isso é, até acordar em um quarto de hotel ao lado de Jace, um senador sexy, que ela reencontrou em uma festa de casamento na noite anterior.

     O problema é que sua última lembrança da noite anterior é estar na cama, abraçada a uma caixa de biscoitos, chorando copiosamente. E Jace também não se recorda de muito mais. Outro problema? Eles foram fotografados entrando juntos no hotel, e agora a mídia está em polvorosa, especulando quem é a misteriosa acompanhante do senador. Uma amiga? Uma antiga namorada? Uma... prostituta?

     O que deveria ser um encontro casual transforma-se em uma aventura de seis dias: a fim de que escapem do assédio dos repórteres, vovó Nadine os envia para um resort no Havaí. Para Beth, são seis dias de contos de fadas junto ao homem por quem é apaixonada desde a adolescência. Para Jace, são seis dias para esquecer as mágoas do passado e aprender que, às vezes, o amor exige atos de coragem.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

QUINTA FEMININA: Édith Piaf, a voz da França

Uma cantora marcada por desilusões amorosas e
a perda da sua única filha
    Quand il me prend dans ses bras
    Il me parle tout bas
    Je vois la vie en rose

    Ainda que o francês não seja uma língua fluente para quem lê os versos acima, certamente a última frase faz lembrar uma das canções francesas mais tocada de todos os tempos - La vie en rose - e imortalizada por Édith Piaf, a cantora francesa que foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson. O seu canto expressava claramente sua trágica historia de vida.

    Ela nasceu como Édith Giovanna Gassion, no dia 19 de dezembro de 1915, em um distrito parisiense com muitos imigrantes. Recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf é um nome coloquial francês para um tipo de pardal, apelido este que recebeu vinte anos depois.

     Os pais abandonaram Édith ainda criança, obrigando-a viver com sua avó materna que pouco se importava com os cuidados com a neta. Consta que esta, além de alimentar muito mal a menina, misturava vinho à sua mamadeira. Cerca de 18 meses depois, foi morar novamente com o pai, que acabou sendo convocado para a guerra.  A mãe ganhava a vida cantando nas esquinas e nos bordéis, enquanto deixava Édith aos cuidados das prostitutas. E antes que a guerra acabasse, abandonou o lar para sempre. Entregue à própria sorte, a pequena vivia à solta, pelas ruas, com outras crianças da vizinhança. Dois anos depois, o pai voltou da guerra e decidiu enviar Édith para a Normandia, para viver com a avó paterna, que era dona de um bordel.

     Dos sete aos oito anos, Édith ficou supostamente cega. De acordo com sua biografia, ela curou-se depois que as moças que trabalhavam no bordel de sua avó orarem no túmulo de Santa Teresa de Lisieux. Devido a esse episódio, Édith tornou-se devota de Santa Teresinha por toda a vida.

Primeiros passos como cantora


O seu canto expressava claramente sua trágica historia
de vida
      De volta à Paris, ela acompanhava o pai nos espetáculos de rua, recolhendo moedas, oferecidas ao final das apresentações. Juntos, percorreram o país durante anos. Enquanto o pai fazia suas performances acrobáticas, Édith, então com 14 anos de idade, cantava em público. Aos 15 anos, deixou o pai e foi viver sozinha. Aos 18, teve sua primeira filha, fruto de uma paixão repentina por um entregador. A filha morreu, repentinamente, quando tinha 2 anos de idade, de meningite. Segundo artigo de Angela Maria Pereira Glavan, dizem que Édith se prostituiu para conseguir dinheiro para o funeral da filha. Sensibilizado, o cliente ofereceu o dinheiro sem exigir nada em troca.

     Em 1935, em uma de suas apresentações mambembes, Édith foi descoberta por Louis Leplée, dono de cabaré localizado na Champs Élysees. Impressionado com a voz da cantora, ele lhe ofereceu um teste profissional. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a apelidou de Piaf (pardalzinho), por conta de seus 1,42m, e disse-lhe para usar um vestido preto durante as apresentações, o que acabou se tornando sua marca registrada. No ano seguinte, assinou seu primeiro contrato. Daí para a plateia seleta do Playhouse de Nova York, em 1947, quando foi paparicada por Gene Kelly, Greta Garbo e Marlene Dietrich, não foi mais uma questão de sorte. 

     Segundo a amiga Marlene, Édith se achava feia e insegura, mas seu carisma era tão grande que ela podia ter qualquer homem que quisesse. Um deles, foi o lutador de boxe Marcel Cerdan, morto em um acidente de avião, e para quem escreveu Hymne à l'amour (Hino ao Amor). Desiludida, ela passou a exagerar na bebida e a se drogar com morfina, tendo muitas complicações. Passou a esquecer a letra das músicas e sua voz ficou comprometida. Édith Piaf morreu, relativamente jovem, aos 47 anos de idade, em consequência de uma hemorragia.

Fonte: Wikipedia
            Bibi-Piaf

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Vacina contra picada de abelhas entra em fase de testes

Assim que a abelha ferroa, ela libera o ferrão e morre. Por
isso, os pesquisadores extraíram o veneno com a ajuda de um
coletor elétrico, o que evita a morte da abelha
     Em 2014, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados cerca de 14 mil casos de pessoas picadas por abelhas. Preocupados com a gravidade que estes acidentes causam, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista, a Unesp, de Botucatu, desenvolveram um soro para neutralizar o efeito causado pela grande quantidade de toxinas que são transmitidas durante as picadas das abelhas.

     Para produzir a vacina, eles extraíram o veneno das abelhas através de um coletor elétrico. De acordo com professor e vice-coordenador do Centro de Estudos de Venenos de Animais, o Cevap, "quando a abelha ferroa, ela libera o ferrão e, em seguida, morre, porque ocorre o rompimento do último segmento do seu abdômen. Quando colocamos o coletor elétrico, a abelha toma um choque, contraindo assim a musculatura acessória do aparato do veneno. Isso facilita a liberação do veneno e evita a morte da abelha."

     Após a extração, o veneno é colocado numa placa de vidro até sua total evaporação. O veneno seco é encaminhado para outra análises. Além disso, também foram estudados os horários de extração e o tempo de coleta, para que não houvesse nenhum desequilíbrio entre as colmeias. Os pesquisadores analisaram se os alimentos consumidos pelas abelhas, quando presentes nas vegetações silvestres, plantações ou em cativeiro, alimentadas artificialmente, poderia causar alguma influência no veneno. A partir daí, foi possível concluir que a composição do veneno modifica-se de acordo com a alimentação ingerida por elas.

     Com base nessas informações, os pesquisadores desenvolveram um soro mais abrangente e mais representativo para toda a população. E o material foi encaminhado para o Instituto Vital Brasil, do Rio de Janeiro, onde será possível escalonar a produção do soro. Em seguida, foram feitos testes clínicos para atestar a segurança e eficácia do medicamento. Em janeiro de 2016, está previsto a conclusão da etapa final da avaliação da estabilidade do soro. Para somente depois, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, iniciar os testes em humanos. 

     No Brasil, a espécie mais comum é um hibrido africanizado resultante das espécies africanas e europeias que apareceram por aqui na década de 50. A característica principal da espécie nativa foi a herança genética adquirida das africanas, ou seja, o intuito de defesa. Por este motivo, esta espécie somente ataca para defender seu território. E quando ferroa, libera um feromônio capaz de atrair demais abelhas, e dependendo da quantidade de toxinas transmitidas, pode levar uma pessoa, mesmo que não seja alérgica, ao óbito.

Fonte: Unesp

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Estudo mostra que mudança no crime organizado ajudou a reduzir homicídios

"Compreender a realidade de São Paulo, estimula a pensar
sobre novas possibilidade de se resolver o problemas de
violência, que vai além da dualidade 'polícia e prisão'"
     O número de homicídios na cidade de São Paulo caiu 76%, passando de 64,8, em 2000, para 15,4 homicídios por 100 mil habitantes, em 2012. De acordo com o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo, Bruno Paes Manso, essa redução pode ser explicada como um processo que passa por diferentes cenários na capital, desde a tolerância a assassinatos na década de 1960 até mudanças na forma de atuação do crime organizado. 

     Até 1960, as taxas de homicídios sempre foram inferiores a 10 por 100 mil habitantes. Os crimes aconteciam por motivos passionais. A partir da segunda metade dos anos 1960, esse cenário foi modificado. Foi com o surgimento dos esquadrões da morte, da Polícia Militar e da Rota nas periferias - quando eram mortas pessoas ameaçadoras ou vistas como potencial ameaça. O homicídio passa a ser visto como uma solução, desencadeando processos de multiplicação, porque quando o homicídio é tolerado, pessoas que se sentem vulneráveis passam a matar ao invés de chamar a polícia. Iniciam-se vinganças, e então os homicídios se multiplicam.

Alteração

     Nos anos 2000, de acordo com o pesquisador, o conceito sobre violência é revisto, inclusive entre os homicidas, que entendem que os jovens da periferia vivem uma situação de autoextermínio. Para ilustrar este cenário, até as letras de hip-hop abordam o tema. "Eles não querem mais que irmão mate irmão. Os assassinatos causam prejuízo para o crime. Essa revisão sobre o que anda acontecendo cria a possibilidade de um novo contrato, feito dentro das prisões e gerado a partir do aprisionamento em massa. É nesse momento que o PCC passa a mediar os conflitos, controlando as pessoas dentro e fora das prisões."

     A partir daí, surge o tráfico de drogas, estabelecendo parcerias. Dentro das prisões, o tráfico de drogas é o principal crime que permite aos criminosos continuarem faturando e a política de aprisionamento em massa acaba gerando um novo gerenciamento do crime. O celular transforma o presídio em um escritório criminal. O assassinato que só causa prejuízo para o crime foi deixado de lado e o lucro passa a ser gerado com o tráfico. 

     A capital é considerada a segunda menos violenta do País, perdendo apenas para Florianópolis, em Santa Catarina. Há de se considerar também outros fatores para essa redução no número de homicídios. O envelhecimento das pessoas, a diminuição do número de armas em circulação, o aumento do aprisionamento e a melhora das técnicas policiais.

Fonte: Agência USP

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Facebook e suas falsas informações

No dia 1º de abril, o site da Turma da Mônica anunciou a
edição de uma revista especial em que o Cascão tomaria
 banho. As pessoas que não ligaram a informação
 ao Dia da Mentira, certamente acreditaram na notícia
     As pessoas dizem necessitar de mais tempo para suas atividades. Dividem o tempo que tem com atividades, trabalhos e obrigações que julgam serem mais importantes que dispensar alguns preciosos minutinhos com notícias sérias e informativas. A pressa tem levado-as a recorrer a textos superficiais, sem nenhuma investigação mais séria. E são esses sites que estão entupindo as redes sociais.

      Para ilustrar, vemos que a rede social Facebook, que a princípio tinha tudo para ser um meio pelo qual as pessoas se reencontram e interagem, virou o meio pelo qual essas mesmas pessoas adquirem informações. De cultura à política, poucos se dão ao trabalho de ler a notícia por inteiro, interessa apenas que o título esteja em acordo com as ideologias do leitor/usuário. Se sou a favor do atual governo, irão me interessar as notícias pró-Governo; se sou a favor do impeachment da presidente, todas as notícias negativas a seu governo irão me interessar. Tornou-se cômodo obter a notícia de um site qualquer e a compartilhar com amigos. Com isso, tem-se a certeza de que aquela matéria é verdadeira. 

     Como pauta dos últimos tempos, as notícias sobre política invadem a rede em velocidade superior ao acontecimento real dos fatos. Embalados pelos programas sociais do Governo Federal, surgem falsas notícias que dizem que as garotas de programa serão beneficiadas com uma renda mensal, denominada de Bolsa Prostituta e que os presidiários seriam beneficiados com o Bolsa Presidiário. Tudo isso, com a intenção de explodir uma onda de ódio já criada pelos que são contra os programas sociais existentes.

     Àqueles que julgam o Brasil como o País dos absurdos nem se dão ao trabalho de verificar a procedência da notícia - mentirosa - de que Suzane Richthofen seria nomeada para a presidência da Comissão da Seguridade Social. Hã? Como assim? Simples, para ser presidente de uma Comissão no Congresso, é necessário ser parlamentar, e Suzane continua, até o momento, na condição de detenta.

     Pelo Facebook soubemos que a Torre Eiffel solidarizou-se com a tragédia da cidade mineira de Mariana, ostentando as cores do Brasil. Na verdade, o verde e amarelo que iluminaram a torre eram para homenagear a África do Sul, durante o campeonato de rugby que a França sediou. Para nossa frustração. Também pelo Facebook, quase acreditamos que os amazonenses capturaram uma jiboia de 50 metros de comprimento. E tivemos medo quando soubemos que a presidente Dilma ameaçou tirar a internet do Brasil após os protestos de junho de 2013. Mentira e mentira.

     No afã de querer dar a notícia, os usuários da rede tornam-se mais um propagador de falsas informações. Pelo sim, pelo não, da próxima vez em que optar por compartilhar uma notícia,  não custa consultar antes o Google, e checar a veracidade da informação nos sites que a pesquisa lhe indicar.

Ilustração: Site Megacurioso

domingo, 13 de dezembro de 2015

Os animais também têm direitos. É necessário cumpri-los!

     Em alusão á ratificação, na Organização das Nações Unidas, a ONU, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, , em 1948, o Dia Internacional dos Direitos dos Animais, o DIDA, também ocorre no mesmo dia 10 de dezembro. Criado desde 1998 pela ONG inglesa Uncaged, a data tem como objetivo chamar atenção para a necessidade de inclusão de todos os animais como sujeitos morais, de direito, capazes de sentir e sofrer.

     Em 1978, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais foi levada à Organização para a Educação, Ciência e a Cultura, a UNESCO, e vinte anos depois, em 1998, graças à campanha da ONG Uncaged aprovada pela ONU e pela UNESCO.

     O DIDA é uma data para mudanças, para se desconstruir a noção que temos dos animais não-humanos, e lutarmos pelo reconhecimento que eles merecem e pela legitimidade de sua presença enquanto sujeitos.

     EM 2015, houveram alguns avanços para os animais, mas ainda há muito a ser modificado. Após a morte do leão Cecil, a França e companhias aéreas proibiram a importação dos "troféus de caça". O Serviço Americano de Vida Selvagem anunciou que listou  todos os chimpanzés como ameaçados de extinção e o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos declarou que irá aposentar todos os seus chimpanzés para um santuário, encerrando uma era de testes invasivos nesses animais.

     A União Europeia reforçou a proibição de importação de produtos derivados de focas. A China e os Estados Unidos anunciaram um acordo histórico que coloca fim ao comércio global de marfim.

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e a proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca abandonado.
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiência que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A população e a destruição do meio ambiente são considerados crimes contra os animais.
9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

Fonte: Agência de Notícias dos Direitos dos Animais - ANDA 
Ilustração: Site Dog Urbano

sábado, 12 de dezembro de 2015

A dança argentina que encanta. Um viva ao tango

A dança que nasceu nas camadas mais populares
conquistou o mundo
     Rivais no futebol, mas próximos na dança? Dentre dessas coincidências inexplicáveis, uma semana depois que o Brasil celebra o Dia do Samba, no dia 11 de dezembro é a vez dos argentinos comemorarem a dança mais popular do país, o tango. Não por acaso, mas a data escolhida é uma homenagem às datas de nascimento dos criadores de duas vertentes da dança: Carlos Gardel (1890), e Julio de Caro, diretor de orquestra (1899).

     Gardel foi o maior propagador do tango no mundo. Faleceu aos 45 anos de idade em acidente de avião com toda a sua orquestra, mas deixou preparado o caminho para outros tangueiros.

Origem do nome

     A origem do nome Tango tem várias definições. Alguns atribuem à expressão tamgu, da Nigéria, que significa bailar ao som do tambor. Em Buenos Aires, acreditava-se que os negros designavam seu instrumento de "tangor" porque tinham dificuldade de pronunciar "tambor".

     Inicialmente, o tango era interpretado ao som da flauta, violão ou violino. No início de 1900, foram chegando os imigrantes alemães e com eles, os acordeons. Começou aí uma mistura de habaneras com polcas e ritmos já existentes, nascendo daí, segundo alguns historiadores, o Tango. Hoje, sua interpretação é executada quase sempre por bandoneons. 

 O ritmo

     O tango tem sua origem popular, o que, por conta disso, acabou sofrendo o preconceito inicial por parte da camada mais favorecida da população, por ser dançado nas periferias de Buenos Aires e Montevidéu. É uma dança sensual, trágica, elegante e performática, em que a emoção prevalece.

     A dança apareceu em Buenos Aires  a partir do final do século passado derivando da habanera, da milonga e de certas melodias populares europeias, e com certa influência dos escravos. No começo, o tango era dançado nos bares, nos cafés e em locais de prostituição. E como só as prostitutas se aventurassem pelas veredas da dança, no começo era normal ver pares de homens bailando ao som deste estilo musical.

     Mas foi somente a partir das décadas de 30 e 40 que ele começou a ser dançado nos salões. A maneira de dançar foi se modificando e evoluindo de acordo com a época. A partir de 1880, que surge o tango como música. A coreografia era totalmente improvisada, com muitos "cortes", que era quando o dançarino parava de dançar para fazer poses com sua parceira e "quebradas", movimentos de cinturas imitados dos negros. Os pares dançavam muito unidos, o que causava escândalo na época.

     O tango desembarcou na Europa no começo do século 20, pelas mãos dos marinheiros franceses. Os parisienses logo se identificaram com este estilo sensual e excêntrico. Iniciou-se um intercâmbio musical entre Argentina, Uruguai e Paris. De acordo com estudiosos, o tango pode ser compreendido em duas etapas. Na década de 20, surge a primeira fase, quando artistas argentinos e uruguaios se dedicam a estimular o desenvolvimento desse ritmo. É aí que surgem cantores como Gardel, Ignacio Corsini, Rosita Quiroga e Azucena Maizani. Na década de 40, floresceram talentos como Aníbal Troilo, Astor Piazzola, Armando Pontier, entre outros.

     Na década de 60, esse ritmo praticamente desapareceu no exterior, só se preservando na Argentina. Ele renasceu através de Piazzola, que inovou os padrões clássicos do tango. O tango ainda se configura como um fator de identidade desse povo portenho.

Ilustração: Taste for Tango
Fonte: Portal São Francisco

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

LER&SER: Eu, "Christiane F. - A Vida Apesar de Tudo" - Christiane Felscherinow

     Christiane V. Felscherinow ou, simplesmente, Christiane F. Pois foi com essa abreviação que toda uma geração de surpreendeu-se com uma das histórias mais dramáticas do submundo, pelo qual passou a adolescente de 13 anos de idade. Hoje, talvez, a história não teria o peso que teve numa época em que certos assuntos eram considerados tabus. 

     A historia de Christiane F. deu a volta ao mundo. Milhões de pessoas cresceram com as confissões dilacerantes da adolescente alemã drogada e prostituída. Mas e depois disso, o que aconteceu? Em Eu, Christiane F. - a vida apesar de tudo, captado por Sonja Vukovic, a mundialmente famosa protagonista se entrega com franqueza e pudor surpreendentes, contando tudo sobre sua "segunda vida".

     A primeira obra originou-se do próprio interesse de Christiane em romper o silêncio e relatar sua história aos jornalistas Kai Hermann e Horst Rieck. O livro trazia no início um trecho do processo, em que ela, colegial e menor de idade, é acusada de consumir, de maneira contínua, substâncias e misturas químicas proibidas por lei. Foi acusada também de ter se prostituído com o propósito de obter dinheiro para sustentar o vício.

     Trinta e cinco anos depois da edição original,  Christiane V. Felscherinow retorna àqueles tempos que se seguiram à publicação do livro e às diferentes etapas de sua vida até os dias de hoje: dos anos felizes na Grécia à sobrevivência na prisão, do combate ao vício aos encontros com seus ídolos do rock, da aparição de um anjo de guarda aos momentos de felicidade com seu filho Phillip.

     Uma historia que vale a pena conhecer.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUINTA FEMININA: Abre alas Chiquinha Gonzaga

A polca Querida por Todos, é uma homenagem do
compositor Joaquim Callado à musicista
     A historia da cultura e da luta pelas liberdades no país devem muito ao pioneirismo da compositora e maestrina carioca Francisca Edwiges Neves Gonzaga. Fruto da união de um militar e uma filha de escrava, Chiquinha Gonzaga nasceu em 1847 e foi educada num período de grandes transformações na vida da cidade. Além de ler e escrever, a jovem aprendeu a tocar piano.

     Aos 16 anos de idade, casou-se com o promissor empresário Jacinto Ribeiro do Amaral, escolhido por seu pai, e com quem teve três filhos. Mesmo casada, não abandonou a música, para desespero do marido que via o piano como um rival. Inquieta e determinada, Chiquinha se rebelou e abandonou o casamento ao apaixonar-se pelo engenheiro João Batista de Carvalho, com quem passou a viver. Com ele teve uma filha. Ganhou do ex uma ação judicial de divórcio perpétuo no Tribunal Eclesiástico, por abandono de lar e adultério.

     Ousada, a profissionalização da mulher como músico - ainda mais o tipo de música de dança para consumo nos salões - era fato inédito na sociedade da época. Sua estreia como compositora se deu com a polca Atraente, cujo sucesso foi mais um fardo para sua reputação. Mantinha-se como professora em casas particulares e pianista no conjunto do flautista Joaquim Callado. Passou a aperfeiçoar sua técnica com o pianista português Artur Napoleão, também seu editor, e a tentar escrever partituras para o teatro musicado.


Aos 85 anos de idade, escreve sua última
partitura Maria
     Em janeiro de 1885, Chiquinha Gonzaga estreou no teatro com a opereta A Corte na Roça, ocasião em que a imprensa se embaraçou ao tratá-la, pois não havia feminino para a a palavra maestro. Ao longo de sua carreira de maestrina, Chiquinha musicou dezenas de peças de teatro. A música que a tornaria popular - Ó Abre Alas - foi composta na virada do século 19 para o 20.

     Aos 52 anos e já consagrada, Chiquinha Gonzaga conheceu aquele que iria se tornar o seu companheiro até o final da vida, o jovem português de 16 anos, João Batista Fernandes. 

     Como autora de músicas de sucesso, sobretudo pela divulgação nos palcos populares de teatro musicado, a compositora sofreu exploração abusiva do seu trabalho, o que fez com que tomasse a iniciativa de fundar, em 1917, a primeira sociedade protetora e arrecadadora de direitos autorais do país, a Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.

Militância política

     A mesma audácia que usava na música, a movia na militância política, quando participava de todas as grandes causas sociais do seu tempo, denunciando assim o preconceito e o atraso social. A abolicionista Chiquinha Gonzaga passou a vender partituras de porta em porta a fim de angariar fundos para a Confederação Libertadora e, com o dinheiro da venda de suas músicas comprou a alforria de José Flauta, um escravo músico.

     Chiquinha Gonzaga faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1935, aos 87 anos de idade, numa quinta-feira de Carnaval. No sábado, dia 2 de março, aconteceu o primeiro concurso oficial de escolas de samba.

Fonte: Chiquinha Gonzaga - Biografia