Simples no começo, o sistema do jogo do bicho multiplicou-se pelo território brasileiro |
Nos primeiros anos da república a fase de intensa especulação financeira e jogatina na bolsa de valores imprimiu grave crise ao comércio. Para estimular as vendas, os comerciantes instituíram sorteios de brindes. E no intuito de aumentar a frequência popular ao zoológico, o barão decidiu estipular um prêmio em dinheiro ao portador do bilhete de entrada que tivesse a figura do animal do dia, o qual era escolhido entre os 25 animais do zoológico, e passava o dia inteiro encoberto com um pano, que somente era retirado ao final do dia, revelando o bicho do dia.
Posteriormente, os animais foram associados à séries numéricas da loteria e o jogo passou a ser praticado largamente fora do zoológico, a ponto de transformar a capital da república, na capital do "jogo do bicho". Ao final do dia, os organizadores do jogo, revelavam o nome do bicho vencedor e afixavam o resultado num poste, o que até os dias de hoje ainda é feito.
Assim, rapidamente essa modalidade de jogo se alastrou pelo País e tornou-se para as pessoas de baixa renda algo comparável à bolsa de valores para os mais abastados. Considerado contravenção, atualmente é praticado em larga escala nas ruas das cidades brasileiras.
Curiosidade
O jogo tem algumas regras que estipulam limites nas apostas. Um exemplo, são os números mais apostados, como o número do túmulo de Getúlio Vargas ou o número do cavalo no dia de São Jorge. Para alguns organizadores, estes números que são muito jogados são cotados a fim de não haver a "quebra da banca".
O sociólogo Gilberto Freyre descreveu o jogo do bicho como uma das poucas atividades sem discriminação de classes no início da república. O cientista político e historiador José Murilo de Carvalho escreveu que "a sociedade carioca difundia a crença na sorte como uma forma de ganhar a vida sem trabalhar."
A partir de 1941, o jogo passou a ser proibido definitivamente, quando foi passada a lei de proibição aos jogos de azar.
Fonte: Wikipedia
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