Ainda somos um País que carrega a marca de usufruir do trabalho infantil. Acabar de vez com esta prática demanda tempo. Mas, de acordo com pesquisa, a fiscalização é fundamental para reduzir este número de crianças e adolescentes que trabalham no Brasil. O estudo foi feito pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a Esalq, da Universidade de São Paulo, e que fez uma estimativa do quanto a fiscalização pode afetar a retirada de crianças e adolescentes do trabalho infantil. O estudo faz parte de um convênio entre a Esalq e a Understanding Children's Work, uma inciativa de cooperação inter-agências de pesquisa envolvendo a Organização Mundial do Trabalho, a OIT, a Unicef e o Banco Mundial.
Em 2000, o aumento de 1% na inspeção do trabalho infantil, resultou em 8.658 crianças e adolescentes de 10 a 17 anos fora dessa condição. Em 2010, essa quantidade foi de 8.856. O efeito da fiscalização foi maior na faixa etária com crianças e adolescentes mais jovens, de 10 a 14 anos, isso diminui conforme essas crianças se tornam mais velhas. No entanto, com programas como "Jovem Aprendiz", o efeito da fiscalização é menor na faixa de 16 a 17 anos, onde mais jovens têm permissão para trabalhar.
O Brasil é referência no mundo no combate ao trabalho infantil, pois tem conseguido reduzir os números de crianças e adolescentes nesta situação. No início da década de 1990, eram mais de 5 milhões, mas de acordo com o último censo, esse valor reduziu. Ainda que o Ministério do Trabalho tenha aumentado a fiscalização, a quantidade de crianças resgatadas diminuiu porque está cada vez mais difícil encontrar essas crianças trabalhando.
Fonte: USP
Foto: Internet
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