quinta-feira, 29 de outubro de 2015

QUINTA FEMININA: Simone de Beauvoir, atual como nunca

Crescendo em um ambiente culto, Simone devota-se de
corpo e alma aos estudos
     Em tempos de Enem, cujo tema de redação deste ano abriu as portas da polêmica e trouxe para o universo do Ensino Médio a escritora, filosofa existencialista e feminista Simone de Beauvoir, é impossível falar da Persistente violência contra as mulheres sem passar pela mais feminista dentre todas, considerada uma das maiores representantes do pensamento existencialista francês. 

     A francesa Simone Lucie-Ernestine-Marie Bertrand de Beauvoir nasceu em 1908 e desde pequena já tinha planos de ser escritora. Filha de um advogado, recebeu educação católica na escola Cours Désir, e onde tornou-se amiga de Elizabeth Lacoin, quem exerceu uma influência definitiva sobre a personalidade de Simone. Com sua irreverência e seu ceticismo quanto à Humanidade, tornou-se mais atrevida, confiante e indisciplinada. Problemas financeiros obrigaram a família a se mudar para uma residência mais simples, época em que aumentaram os conflitos entre Simone e seu pai, declarando-se descrente de Deus aos 15 anos de idade. 


Sartre acreditava que, antes de constituírem um casal de
apaixonados os dois eram escritores. Por isso, era necessário
mergulhar na essência do Ser, o que somente seria possível
com a vivência de inúmeras experiências
     Graduou-se em Filosofia em Sorbonne, no ano de 1929, época em que conheceu o filósofo Sartre. Viveu com ele um relacionamento aberto durante quase toda a sua vida. Mesmo determinada a ser escritora, lecionou para sobreviver, atuando em diversas instituições escolares.

     Simone e Sartre criam em 1945 o veículo Les Temps Modernes, de periodicidade mensal, no qual ambos produziraem os principais textos. Ainda na década de 40, Simone lançou sua obra prima, O Segundo Sexo, livro que melhor traduz seus pensamentos.

    Na obra A Convidada, de 1943, aborda a degeneração das relações entre um homem e uma mulher, motivada pela convivência com outra mulher, hóspede na residência do casal. Em Os Mandarins, de 1954, Simone flagra os intelectuais no período pós-guerras, seus esforços para deixarem a alta burguesia letrada e finalmente se engajarem na militância política. 

     Em A Cerimônia do Adeus, Simone narra o fim da existência de Sartre, com quem teve uma relação controvertida. Ambos cultivavam relações com outros parceiros, e compartilhavam  as experiências adquiridas  neste e em outros campos da existência, em função de um pacto estabelecido entre ambos. Após a morte de Sartre, em 1980, Simone passou a ter uma saúde frágil, em função do consumo de álcool e anfetaminas. Faleceu no dia 14 de abril de 1986, e cinco dias depois de seu falecimento, seu corpo foi enterrado junto ao seu amado, no Cemitério  de Montparnasse. 

     Simone foi uma das escritoras mais influentes do ocidente. Suas ideias tratavam de questões ligadas à independência feminina e o papel da mulher na sociedade. Sua obra refletia também a luta feminina e as mudanças de papéis estabelecidos, assim como a participação nos movimentos sociais. 
   
Fonte: E-Biografias
             Infoescola

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