sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Há limites para a publicidade?

O pequeno Aylan morto depois que o bote
em que sua família estava, virou no mar
     A imagem do menino imigrante sírio morto na praia da Turquia causou (e ainda causa) comoção internacional. Na época do fato, muitos veículos de imprensa decidiram em não publicar a imagem, outros preferiram distorcer a foto. Mas muitos jornais acharam por bem divulgá-la. Além dos inúmeros compartilhamentos, feitos pelos usuários, nas redes sociais.

    Agora, poucos meses depois, a GCA Comunicação, da Paraíba, está no meio de uma polêmica. A agência de publicidade usou a foto em uma peça criada para lembrar o Dia das Crianças. A peça foi exposta em um outdoor em uma das avenidas mais movimentadas da cidade.

     O cliente da agência, a empresa Outdoor Cabo Branco, até agora não se pronunciou sobre o caso, mesmo após a imagem repercutir negativamente nas redes sociais. A Associação Brasileira das Agências de Publicidade (seccional Parapiba) divulgou uma nota de repúdio. No texto intitulado Publicidade não é um vale tudo, a entidade afirma que repudia a peça publicitária e alerta para possíveis sanções legais e de responsabilidade social às quais a agência está sujeita.

     Por sua vez, a agência, através do porta-voz, Albelardo Carlos, se defendeu alegando que a ideia era causar impacto, para de alguma forma, combater a indiferença. "Imagens fortes têm o poder de levar a quem a vê a uma reflexão. O que queremos é que cada um de nós deixe de lado a indiferença e faça a sua parte. Ficam chocados  com uma imagem que foram, de certa forma, obrigados a ver, mas não se importam com aquelas que o descaso e a indiferença  fazem questão de esconder dos olhos e da alma. Que tal uma visita aos lixões?", diz o texto. E completa explicando que "a foto  não estava ali para ser usada na venda de algum produto, mas simbolicamente para que lembrássemos que o futuro de nossas crianças não pode morrer na praia."

Fonte: Administradores

Nota: Este blog não teve a intenção de causar sensacionalismo com a imagem do garoto, mas julgou ser necessário divulgar a peça publicitária em questão.

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