segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A religiosidade no tratamento da hemodiálise

Os pacientes buscam a religião como forma de estratégia,
conforto, ou, fonte  de esperança para enfrentar a situação
em que se encontram 
     Há muito tempo que a Ciência discute a importância e os benefícios que a fé ou a religiosidade podem trazer à vida do paciente. Recente estudo realizado na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a USP, investigou o Bem-Estar Espiritual e a Religiosidade de Idosos em tratamento hemodialítico, e mostrou que essas pessoas encontram na religiosidade características positivas para lidar com situações que a doença gera. A crença também trás qualidade de vida e alívio à dor.

     Os idosos que realizam  hemodiálise precisam se adaptar a um novo estilo de vida que a doença renal crônica impõe a estes pacientes. É aí que entra a religião, que serve como enfrentamento para as situações estressantes da vida: o uso contínuo de medicações, mudança nos hábitos alimentares, a dificuldade em lidar com a dependência de outras pessoas e de aparelhos para adaptações à nova realidade. "Eles usam a fé como uma forma de auxiliar as consequências emocionais negativas que vieram depois da doença, ou então, dos momentos difíceis que precisam vivenciar", destaca a enfermeira Calíope Pilger, coordenadora da pesquisa.

     Para os idosos, algumas questões são apontadas como importantes dentro da religião, como estar conectado com Deus, o encontro com pessoas nas igrejas, ou templos religiosos. Por isso, dividir a mesma crença, realizar trabalhos sociais, como grupos de orações e visitar doentes, auxiliam nas dificuldades que a vida impõe.

     A pesquisadora lembra que os idosos possuem suas singularidades e especificidades, seja nas dimensões físicas, sociais, emocionais e espirituais. "Na parte espiritual, as particularidades dos idosos estão  relacionadas às questões existenciais e a busca pela cura e conforto

Fonte: Agência USP
Imagem: Observatório da Evangelização

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