sábado, 26 de dezembro de 2015

Papai Noel e suas versões

A figura do Papai Noel foi deixando de lado a
característica do "velhinho contador de historias", para
estar mais associado ao consumismo. Sua imagem, para
muitos é mais associada ao Natal do que Jesus Cristo
     Boa parte das pessoas, quando criança, um dia acreditou na existência do Papai Noel. A historia do bom velhinho, que faz muitos pequenos acreditarem num ser que entrega os presentes na véspera do Natal, começou há muitos anos. Estudiosos afirmam que a existência do personagem foi inspirada num bispo chamado Nicolau. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

     A associação da imagem de Nicolau, que mais tarde transformou-se em santo, ao Natal, aconteceu na Alemanha, e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel, e em Portugal de Papai Natal. 

      Até o final do século 19, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. Foi aí que surgiu a vestimenta com as cores vermelha e branca, adornada com um cinto preto. A criação foi apresentada na revista Harper's Weeklys no mesmo ano. 

     Em 1931, a figura do Papai Noel ganhou força pelas mãos de um desenhista norte-americano Haddon Sundblom. Contratado por uma famosa marca de refrigerantes, a criação foi associada às cores da marca famosa, e com o passar do tempo se popularizou e foi além das campanhas publicitárias, tornando-se símbolo do Natal.

Tentativa frustrada, a figura do Vovô Índio foi criada para
substituir o já criado Papai Noel

      Esse personagem surgiu a partir de uma série de práticas folclóricas europeias e de cultura popular. Embora houvessem características específicas para cada povo ou época, havia, em comum, a entrega de presentes e doces às crianças, conduzidas por figuras divinas ou sacras.

     No Brasil, na década de 1930, com o movimento crescente de nacionalismo no País, surgiu a figura do Vovô Índio, versão tupiniquim e nacionalista do Papai Noel, que teria sido criada pelo jornalista Cristóvam Camargo. Tal política cultural acabou se transformando em uma verdadeira "caça às bruxas", contra todo e qualquer hábito, comemoração ou elemento que pudesse ser visto como um tipo de estrangeirismo. Por isso, até a figura do Papai Noel acabou sendo julgada como antinacionalista. Afinal, em nada tinha a ver com o Brasil, um sujeito com vestimenta de tecido grosso, cercado de renas, e associado ao clima frio e nevoso. Por isso, os integralistas resolveram criar um substituto abrasileirado, que deveria ter a mesma função de seu "concorrente": contar historias às crianças e distribuir presentes, desde que tivessem procedência brasileira. A lenda criada pelos integralistas dizia que Vovô Índio era filho de um escravo africano com uma índia. Contudo, foi criado por uma família branca, que graças à benevolência de seu irmão, acabou livre da condição de escravo. No entanto, a figura não se popularizou.

Fonte: Ministério da Cultura 
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Foto: Internet

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