A vacina foi fundamental para impedir a disseminação da doença |
Os últimos casos de transmissão da rubéola e da síndrome da rubéola congênita no País ocorreram em 2008 e 2009, respectivamente, em função de um trabalho que começou há 20 anos, quando eliminar a doença exigiu três ações estratégicas: a vacinação, a vigilância epidemiológica e a vigilância laboratorial. A vacina foi progressivamente ampliada no Brasil, chegando a alcançar 98% das mulheres e homens na campanha de imunização em 2008. Ao mesmo tempo em que as ações de vigilância foram intensificadas, permitindo o diagnóstico precoce dos casos com confirmação laboratorial e ações rápidas para conter o espalhamento do vírus.
Uma boa notícia para a população e especialmente para as gestantes. No entanto, a eliminação da doença não significa o fim dos esforços, uma vez que a rubéola ainda ocorre em muitas partes do mundo. Por isso, será preciso manter as ações para que o agravo não volte às Américas. "O vírus da rubéola tem transmissão respiratória rápida. Turistas e brasileiros não vacinados que viajam para o exterior podem trazer a doença de volta para o País. Para garantir que essa infecção não volte a se propagar no Brasil, precisamos manter a cobertura de vacinação e as ações de vigilância", declarou a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz. A pesquisadora é também membro do Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola nas Américas.
Depois da erradicação da varíola, em 1973, e da poliomielite, em 1994, agora o Brasil conquista também a eliminação da varíola.
Fonte: Agência Fiocruz
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