terça-feira, 8 de dezembro de 2015

HC desenvolve técnica que previne amputação de membros causada por lesões

Técnica para prevenção de amputação é pioneira no Brasil
     As cirurgias para amputação de membros causadas por lesões estão com os dias contados. Um estudo pioneiro para a cicatrização de feridas poderá evitar amputações futuras. Desenvolvido pelo Serviço de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas, o HC, o método utiliza matriz dérmica ou pele artificial, associada à terapia de pressão negativa e enxerto de pele.

     O procedimento, realizado em 20 pacientes, mostrou-se eficaz. Estas pessoas apresentavam profundas feridas agudas, ou seja, com exposição do osso, tendão ou articulação, e estavam em tratamento no HC. As lesões eram resultados de traumas, queimaduras ou processos infecciosos graves.

     De acordo com o autor do estudo, o cirurgião plástico Dimas André Milcheski, os resultados foram surpreendentes. A média de integração do modelo de regeneração térmica foi de 86,5%. Houve integração completa do enxerto de pele sobre a matriz dérmica em 14 pacientes, ou 70% deles, integração parcial em 5 pacientes e apenas 1 paciente apresentou perda total, o que foi resolvido com nova enxertia de pele. A ferida foi fechada completamente em 95% dos pacientes.

     O tratamento, pioneiro no Brasil, simplificou a conduta cirúrgica e preveniu a amputação de extremidades, porque essas feridas graves necessitam usualmente de cirurgias mais complexas como técnicas microcirúrgicas para a sua resolução. Ou, em casos mais graves, a amputação.

     A técnica, concedeu ao autor, o prêmio de melhor estudo da América Latina em cirurgia plástica reconstrutiva, pela revista médica PRS Global Open - International Open Access Journal of the American Society of Plastic Surgeons. 

Fonte: Agência USP

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