quinta-feira, 21 de maio de 2015

QUINTA FEMININA: Valentina Tereshkova: a primeira mulher a ir ao espaço

Heroína nacional após sucesso da missão
Nascia em 1937, no vilarejo de Maslennikovo, a 800 quilômetros a leste de Moscou, a menina pobre e órfã que sem pretensões de progredir nos estudos, certamente jamais sonharia com a fama que a realidade lhe proporcionou. Oriunda de uma família proletária, Valentina Vladimirovna Tereshkova entrou para a escola aos oito anos de idade.

Aos 18 anos, começou a participar de um clube de paraquedistas amadores e deu seu primeiro salto em 21 de maio de 1959. Criou o Clube de Paraquedistas Amadores. Dois anos depois, recebeu a certificação de especialista em tecnologia de fiação. Aos 24 anos, começou a estudar para se qualificar como cosmonauta, no mesmo ano em que o diretor do programa espacial soviético, Sergei Korolev, considerou a possibilidade de enviar mulheres ao espaço, como forma de colocar a primeira mulher em órbita na frente dos Estados Unidos, durante a corrida espacial entre as duas superpotências. 

Em 1962, ela foi admitida como cosmonauta, junto a mais quatro mulheres; apenas ela acabou indo ao espaço, sendo a menos preparada de todas, sem educação universitária, mas uma paraquedista experiente. Condição fundamental para o voo da nave Vostok, que operava automaticamente, dispensando pilotagem, mas o ocupante era ejetado dela após a reentrada, pousando com um paraquedas pessoal

Como Maslennikovo ficava a meio caminho entre Moscou e Baikonur, no Cazaquistão, onde os soviéticos iriam construir uma base de lançamento de naves espaciais. Em junho de 1963, a União Soviética colocou duas espaçonaves simultaneamente no espaço, lançadas com diferenças de dois dias, a Vostok V e a Vostok VI. A primeira pilotada por Valery Bykovsky. Valentina pilotando a Vostok VI completou 48 órbitas ao redor da Terra, no total de 71 horas, quase três dias, apesar das náuseas e vômitos. Depois de permanecerem em órbita a uma distância de 5 km uma da outra, com os pilotos trocando impressões e saudações por rádio entre si e com o controle de terra, ambas as naves aterrissaram  no dia 19 de junho.


E condecorada por líderes soviéticos, russos e estrangeiros
No local onde Valentina pousou, existe hoje um pequeno parque com uma estátua de prata retratando a cosmonauta com os braços abertos, vestida em traje espacial e sem capacete. Seu sinal de chamada na Vostok, "chaika" (gaivota) tornou-se seu apelido entre o povo soviético. Uma cratera na Lua, Tereshkova e um asteróide, 1671 Chaika, foram batizados em sua homenagem.

Atualmente ela vive entre Yeroslavi, perto da filha, fruto do casamento com seu ex-marido, o também cosmonauta Andrian Nikolayev, e da neta, e Moscou, onde exerce mandato parlamentar. Pelo seu feito, receber as duas principais condecorações do país: Herói da União Soviética e a Ordem de Lenin.

Foto: Internet

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