quarta-feira, 13 de maio de 2015

Simpósio discute novos critérios para a realização da cirurgia bariátrica

Novos critérios podem beneficiar mais pessoas
O XVI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica discutiu em um de seus simpósios se o Índice de Massa Corpórea, o IMC, deve continuar a ser o único critério para a indicação de uma possível Cirurgia Bariátrica, o que muitos especialistas consideram não ser o ideal. O cirurgião Almiro Ramos defende que a medida não deva ser abandonada, e sim aprimorada. E o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, SBEM, o médico Alexandre Hohl, acrescenta que somente o IMC pode errar ao deixar de lado pessoas que não tem um índice tão alto, mas que possuem comorbidades graves, principalmente metabólicas e que poderiam ter benefícios com a cirurgia.

Para o médico Almiro Ramos, um critério ideal incluiria alguns pontos. Simplicidade, para ser de fácil compreensão. Reprodutível, com medidas precisas e padronizadas passíveis de reproduzir seus resultados. Amplo, baseado na idade, sexo e etnia. E com estabelecimento de prioridade e elegibilidade.

Segundo o que foi apresentado no Congresso, realizado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, a ABESO, os novos indicadores básicos do Escore de Risco Metabólico, que estão sendo estudados e discutidos são: pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus do tipo 2 por pelo menos cinco anos, idade mínima de 30 anos, hemoglobina glicada acima de 8%, indicação cirúrgica do médico que acompanha o paciente e IMC acima de 30 kg/m2. O que para o presidente, são muitos os parâmetros nesse novo escore, como por exemplo, avaliar o ponto de corte do IMC.

As propostas discutidas nos fóruns ainda estão sendo discutidas com o Conselho Federal de Medicina, e até agora não há nenhuma posição oficial por parte da entidade.

Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia

Nenhum comentário:

Postar um comentário