O trauma gera manifestações sintomáticas que operam no campo individual, mas socialmente no âmbito coletivo |
O terror de Estado é uma prática utilizada em regimes ditatoriais e de exceção, que envolve práticas ilegais de tortura, morte, desaparecimento forçado e perda dos direitos civis dos cidadãos em nome da defesa do Estado, além de tornar invisível a responsabilidade de crimes cometidos. Também gera efeitos nas gerações seguintes, uma vez que o medo e o silenciamento operam em sua faceta perversa de quem viveu algo, mas não consegue falar sobre o vivido.
De acordo com o CFP, essa herança se evidencia nas práticas da violência de Estado, que ainda hoje persistem sob a forma de utilização de torturas e desaparecimentos forçados que continuam impunes. O debate apontou algumas políticas de direitos humanos e de reparação psíquica que visam quebrar o silenciamento, dar direito à fala e proporcionam formas de escuta do sofrimento.
Participaram do evento a psicóloga e coordenadora do Projeto Clínicas do Testemunho Rio de Janeiro e da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Vera Vital Brasil, o filósofo e docente da Universidade de Santa Cruz, Julio Bernardes, e Catarina Pedroso, psicóloga e membro do Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura.
Para assistir ao debate, clique aqui.
Imagem: Blog Levante Popular da Juventude
Nenhum comentário:
Postar um comentário