segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Terror e violência de Estado em debate

O trauma gera manifestações sintomáticas que operam no
campo individual, mas socialmente no âmbito coletivo
     A fim de procurar entender aspectos da violência no Brasil, tendo como agente o poder público, a Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal de Psicologia, o CFP, promoveu na tarde de hoje o debate online Terror de Estado e Violência de Estado: Como prevenir? Como reparar os danos? O evento discutiu a inserção do trabalho do(a) psicólogo(a) na prevenção e reparação dos danos da crueldade impostas aos sujeitos.

     O terror de Estado é uma prática utilizada em regimes ditatoriais e de exceção, que envolve práticas ilegais de tortura, morte, desaparecimento forçado e perda dos direitos civis dos cidadãos em nome da defesa do Estado, além de tornar invisível a responsabilidade de crimes cometidos. Também gera efeitos nas gerações seguintes, uma vez que o medo e o silenciamento operam em sua faceta perversa de quem viveu algo, mas não consegue falar sobre o vivido.

     De acordo com o CFP, essa herança se evidencia nas práticas da violência de Estado, que ainda hoje persistem sob a forma de utilização de torturas e desaparecimentos forçados que continuam impunes. O debate apontou algumas políticas de direitos humanos e de reparação psíquica que visam quebrar o silenciamento, dar direito à fala e proporcionam formas de escuta do sofrimento.

     Participaram do evento a psicóloga e coordenadora do Projeto Clínicas do Testemunho Rio de Janeiro e da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Vera Vital Brasil, o filósofo e docente da Universidade de Santa Cruz, Julio Bernardes, e Catarina Pedroso, psicóloga e membro do Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura. 

     Para assistir ao debate, clique aqui.

Imagem: Blog Levante Popular da Juventude      

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