sexta-feira, 25 de setembro de 2015

As próteses mamárias e seus modismos

     Esqueça os seios fartos da atriz norte-americana Pamela Anderson. A moda agora são as próteses mamárias cada vez menores em busca de uma naturalidade. Segundo pesquisa recente, realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, de 2014 até os primeiros meses de 2015, o número de intervenções para a troca de um silicone grande por um modelo menor cresceu 15%, somente no Brasil.

     Até mesmo quem decide colocar silicone nos seios pela primeira vez, tem solicitado uma prótese, em média, menor, de acordo com o cirurgião plástico João de Moraes Prado Neto, presidente da Sociedade. "Se antes, os modelos de 300 ml a 400 ml faziam sucesso entre as brasileiras, agora dificilmente eles passam de 270ml.


Ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, a tendência
agora são próteses menores, mais próximo do natural

     A explicação pode ser mais clínica do que por um modismo atual. De acordo com o cirurgião, as próteses muito grandes, além de já não proporcionarem mais um visual estético satisfatório, ferem os tecidos da região, provocando um estiramento do revestimento cutâneo. Como resultado, surgem várias estrias irreversíveis.

     E não é somente no Brasil que essa mudança está acontecendo. Nos Estados Unidos, onde existe uma alta preferência por próteses maiores, essa tendência já começa a aparecer. Um outro fator a considerar é que o peso do silicone, associado aos sinais do envelhecimento, como a flacidez, proporcionam uma queda inevitável das mamas; isso sem contar alguns problemas na coluna.

     "Talvez, a questão não se resume apenas na escolha de uma prótese pequena, mas sim, em uma decisão racional, equilibrada e que harmonize com a estrutura corporal de cada pessoa", enfatiza Prado Neto.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Ilustração: Dr. Frederico Vasconcelos

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