domingo, 13 de setembro de 2015

Parece inofensível, mas não é

A campanha Parece inofensivo, mas fumar narguilé
é como fumar 100 cigarros
 será veiculada até o dia
30 de setembro, nas diversas mídias
     Apesar de o Brasil ter conseguido reduzir em 30,7% no percentual de fumantes nos últimos nove anos, o consumo do narguilé tem aumentado no país, principalmente entre os jovens. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, mais de 212 mil brasileiros admitem usar o cachimbo; entre os jovens homens fumantes (de 18 e 24 anos), o percentual mais que dobrou nos últimos cinco anos.

     Para alertar sobre os malefícios do uso do narguilé, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, apresentaram uma campanha que pretende desmistificar a ideia de que o narguilé é inofensivo. Para se ter uma ideia, uma sessão de narguilé, que dura em média de 20 a 80 minutos, corresponde a fumaça de 100 cigarros. "Queremos consolidar essa informação entre os jovens, que é o público mais seduzido com essa falsa impressão de que o narguilé não faz mal à saúde", adverte o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

     Segundo o coordenador de ensino do Inca, Luiz Felipe Ribeiro Neto, o uso da água no produto não ameniza os efeitos do tabaco, pois o narguilé possui os mesmos componentes nocivos do cigarro, seja da nicotina ou cancerígenos. E o mais preocupante é que o uso do narguilé se dá de forma compartilhada, o que torna o consumo muito mais atraente, especialmente entre os jovens. Por isso, a iniciação ao cigarro e a outros produtos do tabaco, por meio do narguilé, preocupa o Ministério da Saúde. 

     A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar revelou que 7,6% dos adolescentes entre 13 e 15 anos afirmaram ter fumado cigarro e/ ou produto de tabaco nos últimos 30 dias. O consumo do narguilé pode contribuir para o surgimento de doenças respiratórias, coronarianas e tipos de câncer, como de pulmão, boca, bexiga e leucemia. Além disso, o narguilé pode causar dependência devido às altas doses de nicotina, de monóxido de carbono expirado e dos batimentos cardíacos. Preocupa também a possibilidade de surgirem doenças infectocontagiosas em razão do hábito de compartilhamento do bucal entre os usuários.

Fonte: Ministério da Saúde

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