sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Brasil ganha novos patrimônios culturais

A festa engloba a memória, a identidade e a formação da
sociedade brasileira
     Ontem, durante a 80ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, a festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, no Ceará, o conjunto arquitetônico Museu Mariano Procópio, em Juiz de Fora, Minas Gerais, e a antiga sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, ganharam título de patrimônios culturais brasileiros. O acervo do Museu já tinha sido tombado em 1939 e agora ocorre o tombamento do conjunto arquitetônico.

     A proposta de tombamento do conjunto teve como base o valor arquitetônico dos imóveis, com sua arquitetura eclética, exemplar único em Minas Gerais, sua decoração, mobiliário, além da importância do acervo que abriga. Além disso, destaca-se o valor paisagístico atribuído ao Parque Glaziou, com seus prédios, estátuas, monumentos, fontes e outros. "O conjunto conta com um extraordinário jardim do século 19", comentou o diretor do museu, Douglas Fasolato.

Parque do Glaziou, do Museu Mariano Procópio,
em Minas Gerais
     Já a antiga sede do Arquivo Nacional ganhou o título por conta de seu valor histórico, que sediou inúmeras instituições de importância para a memória nacional. As fachadas originais do prédio estão associadas ao período de transição que marcou a passagem da arquitetura da fase colonial para a neoclássica, ao final do século 18 e início do 19. Originalmente, o imóvel pertenceu ao Barão de Ubá, foi adquirido por D. João VI em 1818, assim que chegou ao Brasil, e passou por diversas reformas ao longo do tempo.

Prédio do Arquivo Nacional, localizado na Praça da
República, região central do Rio de Janeiro
 
     Parte da identidade de um povo há 200 anos, a festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio, no Ceará, ganhou registro como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Os festejos a Santo Antônio de Pádua ocorrem  desde o final do século 18, quando foi erguida uma capela em devoção ao santo, dando origem ao desenvolvimento da cidade de Barbalha. São treze dias de festa, sendo a data central, o domingo mais próximo de 31 de maio, dia do Carregamento e Hasteamento do Pau da Bandeira. É uma referência cultural importante que foi exercida, principalmente, pelas camadas populares do Nordeste.
    

Fonte: Ministério da Cultura
Foto 1: Prefeitura de Barbalha
Foto 2 e 3: Iphan

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