segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Aulas de remo trazem benefícios às mulheres que tiveram câncer de mama

A prática de exercícios melhora a aptidão física, a auto-
estima e a saúde mental do paciente oncológico
     Com o objetivo de reabilitar através do esporte, a Universidade de São Paulo, oferece às pacientes do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o ICESP, a prática do remo no intuito de proporcionar qualidade de vida a estas mulheres que tiveram câncer de mama e ainda diminuir a probabilidade de reincidência da doença. O Remama é um projeto realizado desde 2013 na Raia Olímpica da USP pelo Centro de Práticas Esportivas, o Cepeusp, em parceria com a Rede de Reabilitação Lucy Montoro.

     Após o tratamento da doença no ICESP, as pacientes são avaliadas, triadas e encaminhadas por médicos para dar início aos treinamentos das atividades, que começam em aparelhos remo-ergômetros no próprio Instituto. No Cepeusp recebem orientação e preparo do professor Ricardo Linares, um dos coordenadores do projeto pela USP, para fazer as aulas ao ar livre. Após este processo, as mulheres estão aptas para cair na água e dar as primeiras remadas em barcos e canoas. As pacientes praticam a atividade em conjunto com as demais alunas do remo. "Respeitada a individualidade e a limitação de cada uma, exijo igualmente de todas", explica o professor.

     O Remama tem proporcionado inúmeros benefícios às mulheres que passaram pelo câncer. A reincidência da doença é minimizada em virtude do aumento da resistência física. O remo é um esporte aquático completo e proporciona ao praticante condicionamento cardiopulmonar, fortalecimento muscular e controle de peso corporal. Braços, pernas e troncos são bastante requisitados. Por isso, os inchaços nos braços, comum nestas mulheres em decorrência da doença, são reduzidos em virtude do trabalho feito com os membros superiores.

     Pelo aspecto psicológico, Linares percebeu que as mulheres do projeto Remama renasceram ao realizar a atividade física prazerosa, que estimula o convívio e a interação social. Isso porque elas são vistas como alunas e não como pacientes. A prática do remo quebrou um paradigma que impedia exercícios com membros superiores na reabilitação de mulheres em tratamento de câncer de mama.

Fonte: USP
Foto: Blog Professor Cortez

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