terça-feira, 22 de setembro de 2015

Brasil desmata, enquanto a China planta árvores para ajudar no abastecimento de água

Reservatório de Miyun, que recebe água  da Província
de Herbei
     Ontem, foi o Dia da Árvore, uma data que aqui no Brasil não tem motivos para comemoração. O País lidera o ranking dos países que mais desmataram a Amazônia, com um total de 480 mil hectares, registrados em 2014. Desde 2004, a Amazônia perdeu 3,1 milhões de hectares nos oito países que compõem o bioma além do Brasil (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela). A área é maior que o estado do Alagoas - 2,7 milhões de hectares.

     Enquanto isso, a China dá o exemplo como o país que mais planta árvores. Somente a capital chinesa, Pequim, plantou mais de 30 mil hectares de florestas, desde 2009, ao longo da fronteira entre a cidade e a adjacente Província de Hebei, no norte do país. De acordo com a Administração Nacional  dos Recursos Florestais, as árvores foram plantadas em torno dos reservatórios Miyun e Guanting, dois dos quatro principais reservatórios que oferecem água potável para a cidade cosmopolita. A mudança reduziu efetivamente o fluxo de sedimentos aos reservatórios.

     Pequim está enfrentando uma carência severa de água. Com uma população de 21, 52 milhões de pessoas, em 2014, a cidade pretende manter sua população abaixo de 23 milhões, até 2020, pois sofre ameaças de escassez de água e outros recursos.

Por dentro do desmatamento

     Geralmente, o desmatamento ocorre por fins econômicos, visando a utilização comercial da madeira das árvores e também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária. A atividade mineradora e a construção de barragens para hidrelétricas também aparecem como causas de tal ocorrência.

     Os primeiros países a praticarem de forma intensiva o desmatamento, no mundo, foram os países desenvolvidos. Para o crescimento de suas economias, sobretudo após o advento do sistema capitalista, algumas nações  exploraram intensamente os seus recursos naturais, avançando essa exploração também para outras áreas. Com isso, muitas florestas do hemisfério norte foram praticamente dizimadas.

     Atualmente, os países que mais desmatam são os de economias emergentes, pois, embora tentem controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avança à medida que seus sistemas econômicos evoluem. Até pouco tempo atrás, o campeão mundial de desmatamento era o Brasil, principalmente em razão do crescimento da fronteira agrícola sobre as áreas da Floreta Amazônica. No entanto, recentemente o Brasil foi ultrapassado pela Indonésia, que possui uma ampla área verde, mas que vem desmatando duas vezes mais do que é registado no Brasil. 

Fonte: Painel Florestal
            Embaixada da República Popular da China no Brasil
            Brasil Escola

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