Formada em 1898 e só em 1906 pode exercer a profissão |
Myrthes nasceu em Macaé, no Rio de Janeiro, em 1875, numa época em que era impossível uma mulher pensar numa outra vida além de ser esposa, Desafiou sua família e ingressou na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro. Depois de formada e em sua tentativa de ingresso no Instituto, a Comissão de Justiça , Legislação e Jurisprudência pronunciou-se a seu favor. Mas o parecer foi em vão; porque o Instituto somente a aceitou no já citado ano de 1906.
Em sua primeira atuação no Tribunal de Justiça, fato noticiado nos jornais da época, e com a plateia lotada para assistir o desempenho da primeira advogada brasileira, Myrthes surpreendeu o juiz, os jurados e até o réu com seu profundo conhecimento do Código Penal e, sobretudo pelo seu poder de argumentação. Ela venceu o promotor, até então considerado imbatível e conseguiu a absolvição do réu.
Myrthes dedicou-se também ao direito das mulheres |
IAB antecedeu a criação da OAB
O Instituto dos Advogados do Brasil foi criado em 1843, num momento em que o Brasil precisava se organizar como um Estado soberano. Além disso, era necessário organizar aqueles que iriam dirigir o futuro do novo País, em especial, os advogados. Mas, em 1930, com a criação da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, é que o Instituto deixou de se preocupar com as especificidades da categoria dos advogados e dedicou-se a pensar juridicamente o Brasil. O IAB tem atuado tanto junto aos Poderes da República, em especial no Legislativo, contribuindo com pareceres sobre os projetos de leis, bem como colaborando com as diferentes Comissões legislativas que por vezes solicitam a experiência e o conhecimento acumulado do Instituto.
Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e Instituto dos Advogados do Brasil
Fotos: Internet e TJ do Rio de Janeiro
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