terça-feira, 14 de abril de 2015

Espelho virtual pode evitar erros de maquiagem


Monitor sensível ao toque utiliza uma câmera RGBD
O medo em ousar na escolha de uma maquiagem leva muitas mulheres a optarem pelo simples e básico, ignorando uma gama de cores que poderiam enaltecer ainda mais a beleza que toda mulher tem e muitas vezes, se esconde atrás do rosinha discreto, do rímel transparente e do batom nude. Não que o uso deles seja errado ou desnecessário. Mas as opções são tantas, que mudar a aparência vez ou outra faz bem para a autoestima. 

Mas e se antes de qualquer transformação, a cliente pudesse ver como ficará seu rosto após as pinceladas do maquiador? Isso é possível graças a criação de um espelho virtual desenvolvido pelo engenheiro de computação Filipe Morgado Simões de Campos em pesquisa no Instituto de Matemática e Estatística, o IME, da Universidade de São Paulo e que oferece um ambiente virtual interativo para simulação de maquiagem. O simulador permite a escolha dos produtos e a sua aplicação na imagem do usuário. Os resultados podem ser observados rapidamente e com menores custos, pois a aplicação e remoção da maquiagem é instantânea e não utiliza cosméticos reais. Na interface criada para o protótipo, o monitor sensível ao toque faz o papel de um espelho. A interação com o sistema ocorre por meio do toque na tela. Através dele, pode-se escolher o produto e outras características para a aplicação da maquiagem, que é realizada tocando o monitor na região do rosto desejada para sua aplicação. O usuário pode aplicar a maquiagem livremente, escolhendo os tipos de maquiagens, suas cores e intensidades para combiná-las e aplicá-las em qualquer lugar de sua face criando efeitos diversos. Para facilitar a aplicação, a região dos controles permite que o usuário possa congelar a imagem do espelho para aplicar os cosméticos. Desta forma, não existe a necessidade de manter a face imóvel enquanto a maquiagem é aplicada.

Público-alvo

A pesquisa propõe o uso do equipamento em lojas de produtos de maquiagem ou salões de beleza. Segundo o pesquisador, a simulação será útil aos lojistas para mostrar o resultado de diversos produtos, demonstrar como estes poderão ser combinados entre si e ensinar ao cliente o correto uso e respectivas combinações. Nos salões, pode-se mostrar para o cliente como ele ficará após a aplicação das maquiagens propostas pelo maquiador, com o intuito de verificar sua satisfação antes de ser maquiado. Uma versão comercial do simulador será produzida por uma empresa montada pelo pesquisador, ainda sem data definida de lançamento. Ele acredita que o conceito proposto no projeto também poderia ser aplicado para o ambiente doméstico. Além de testar combinações de maquiagens, o usuário poderia ter subsídios para realizar compras online, sem cometer equívocos com produtos inadequados.

Foto: Pedro Bolle / USP Images


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