De acordo com a OMS, 800 mil pessoas cometem suicídios todos os anos. E para cada caso fatal há pelo menos outras 20 tentativas fracassadas |
É bem provável que, em determinado momento da vida, muitas pessoas já tenham pensado em suicidar-se. No entanto, "olhando para trás", estes indivíduos irão perceber que foi possível sobreviver aos problemas; ainda que a solução encontrada para lidar com a difícil situação não tenha sido a mais fácil a ser enfrentada.
Um estudo mostra que o suicídio mata mais jovens que o vírus do HIV em todo mundo. A doença que nas décadas de 80 e 90 era um atestado certo de morte, duas décadas depois já está a um passo de ter a cura descoberta; sem contar que a qualidade de vida das pessoas infectadas tenham melhorado consideravelmente nos últimos anos. E enquanto isso, o suicídio cresce sem que os pesquisadores consigam encontrar um meio para evitá-lo.
Segundo estatísticas, tirar a própria vida já é a segunda principal causa de morte em todo o mundo para pessoas de 15 a 29 anos de idade. No Brasil, o índice de suicídios nesta faixa-etária é de 6,9 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa relativamente baixa para países que lideram o ranking - Índia, Zimbábue e Cazaquistão, têm mais de 30 casos. "O suicídio é uma assunto complexo. Normalmente não existe uma razão única que faz alguém decidir se matar. E o suicídio juvenil é ainda mais estudado e compreendido", diz Ruth Sunderland, diretora do ramo britânico da ONG Samaritanos, em matéria veiculada no portal G1 no ano passado.
Talvez por isso, a Organização Mundial de Saúde defende o argumento de que o assunto tem que deixar de ser tabu. Não à toa, muitos veículos de comunicação evitam noticiar casos de mortes tendo o suicídio como causa, pois acreditam que isso pode levar a novos casos. Parece que não é isso o que a realidade mostra.
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