Transmitida por um vírus cujo único hospedeiro é homem, a caxumba é uma doença benigna, mas passou chamar a atenção pelo aumento no número de casos na cidade de São Paulo. Até o dia 14 de maio, foram registrados 354 casos, enquanto em todo o ano passado foram 68 registros.
O indivíduo contaminado pode transmitir a doença até cerca de cinco dias depois do intumescimento das glândulas parótidas, sintoma clássico da moléstia. A transmissão se dá pelas vias respiratórias ao se entrar em contato com secreções salivares. E no caso da caxumba, em muitos casos, o indivíduo contaminado pode transmitir o vírus sem ter desenvolvido os sintomas, principalmente no período de incubação que pode levar até três semanas. De acordo com a médica infectologista Maria Cláudia Stockler, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em casos muito raros, caxumba pode provocar complicações, como a meningoencefalite, processo inflamatório que atinge o encéfalo e as meninges e que pode provocar a morte.
Como prevenção, a vacina tríplice viral, aplicada ainda na infância, requer um reforço na faixa etária dos 15 anos, o que nem sempre ocorre, dando a oportunidade que a doença se instale em adolescentes ou em adultos jovens. Dor no corpo, febre baixa e, posteriormente, a tumefação das glândulas parótidas são sintomas clássicos da caxumba. A doença é confirmada por meio de exames sorológicos.
Fonte: USP
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