Não fosse a ignorância e o descaso, milhões de vidas marinhas poderiam ter sido salvas |
De acordo com Bertha Remon, representante da ONG Biodiversidade no Sal, 80% destes plásticos procedem do continente, levado das zonas costeiras ou fluem até o mar através de rios e ribeiras, com as chuvas. Ou seja, aquela tampinha de garrafa que você considera um lixo insignificante a ponto de esquecê-la na areia da praia pode causar um estrago enorme. Contamina a água e acaba na boca de um animal, porque este a considera um alimento. Estes plásticos afetam as espécies marinhas através da ingestão dos detritos, a incorporação de componentes tóxicos à cadeia trófica, passando e acumulando-se nos diferentes níveis tróficos (do peixe pequeno ao peixe grande), até chegar aos humanos.
As tartarugas, enquanto espécies marinhas, acabam sofrendo os efeitos desta poluição, uma vez que são especialmente susceptíveis a danos pela ingestão de detritos marinhos devido à sua estrutura anatômica. Elas ingerem os detritos por confundi-los com o seu alimento. Além disso, outra causa de mortalidade entre as tartarugas é morrerem por asfixia quando ficam presas nos detritos e não conseguem chegar à superfície para respirar. "Algumas vezes, se a lesão não é muito grave, ainda somos capazes de retirar os detritos que obturam o tubo digestivo, ou emaranhados nas barbatanas, e as tartarugas conseguem sobreviver. Mas lamentavelmente apenas uma minoria consegue resistir", explica Bertha.
Evitando uma tragédia
Filhote de tartaruga foi salvo, ao acaso, por fotógrafo |
De acordo com o fotógrafo, é comum encontrar na região da Área de Preservação Ambiental Costas dos Corais plásticos abandonados no mar e animais marinhos mortos por causa do lixo.
Fonte: Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto 1: Internet
Foto 2: Enermércio Lima
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