domingo, 12 de junho de 2016

Vidas inocentes que se perdem por causa da ignorância humana

Não fosse a ignorância e o descaso, milhões de
vidas marinhas poderiam ter sido salvas
     Perto de cem milhões de animais marinhos morrem a cada ano, devido à poluição por plástico no oceano, provocada pela produção de igual cifra de toneladas de lixos nos mares. Uma realidade nada agradável, lembrando que 8 de junho é considerado o Dia Mundial dos Oceanos.

     De acordo com Bertha Remon, representante da ONG Biodiversidade no Sal, 80% destes plásticos procedem do continente, levado das zonas costeiras ou fluem até o mar através de rios e ribeiras, com as chuvas. Ou seja, aquela tampinha de garrafa que você considera um lixo insignificante a ponto de esquecê-la na areia da praia pode causar um estrago enorme. Contamina a água e acaba na boca de um animal, porque este a considera um alimento. Estes plásticos afetam as espécies marinhas através da ingestão dos detritos, a incorporação de componentes tóxicos à cadeia trófica, passando e acumulando-se nos diferentes níveis tróficos (do peixe pequeno ao peixe grande), até chegar aos humanos.

      As tartarugas, enquanto espécies marinhas, acabam sofrendo os efeitos desta poluição, uma vez que são especialmente susceptíveis  a danos pela ingestão de detritos marinhos devido à sua estrutura anatômica. Elas ingerem os detritos por confundi-los com o seu alimento. Além disso, outra causa de mortalidade entre as tartarugas é morrerem por asfixia quando ficam presas nos detritos e não conseguem chegar à superfície para respirar. "Algumas vezes, se a lesão não é muito grave, ainda somos capazes de retirar os detritos que obturam o tubo digestivo, ou emaranhados nas barbatanas, e as tartarugas conseguem sobreviver. Mas lamentavelmente apenas uma minoria consegue resistir", explica Bertha.

Evitando uma tragédia


Filhote de tartaruga foi salvo, ao acaso, por
fotógrafo
       O fotógrafo subaquático Enermércio Lima que trabalha nas piscinas naturais registrando fotos dos turistas, em Alagoas, foi surpreendido, no mês passado, por um filhote de tartaruga que nadava preso a pedaços de nylon. Ele registrou os momentos de aflição do animal para alertar sobre o descarte inadequado de plástico no mar e resgatou o filhote, que recebeu o atendimento de uma bióloga.

       De acordo com o fotógrafo, é comum encontrar na região da Área de Preservação Ambiental Costas dos Corais plásticos abandonados no mar e animais marinhos mortos por causa do lixo.

Fonte: Agência de Notícias de Direitos Animais
Foto 1: Internet
Foto 2: Enermércio Lima

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