quarta-feira, 29 de junho de 2016

Árvores monitoradas com chips

Num período de três meses, a capital paulista registrou mais
de 1.200 quedas de árvores
     Árvores plantadas em locais errados ou de forma inadequada, o que representam um risco para a espécie e para as pessoas. Somente na cidade de São Paulo, de 1º de janeiro a 30 de abril deste ano, foram registradas 1.273 quedas de árvores na capital paulista. E para fornecer aos gestores ambientais um recurso ágil para monitorar as condições das árvores, o Departamento de Engenharia de Computação e Sistemas Digitais da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo desenvolveu um projeto para analisar as árvores da Cidade Universitária, em São Paulo.

     Trata-se de um chip instalado dentro de um prego que é implantado na árvore, e que contém todas as informações sobre ela - espécie, idade, doenças, inclinação, geolocalização, latitude, longitude etc, obtidas a partir de um banco de dados pré-existente. A leitura desses dados contidas no chip é feita por um smartphone com sistema operacional Android. Basta aproximar fisicamente o celular do prego com o chip que o aplicativo fornece as informações sobre a árvore. Chamado de Inventário Ambiental na Cidade Universitária, o projeto piloto é uma parceria com a Prefeitura do Campus da USP da Capital e incluiu a instalação de chips em cerca de 200 árvores do campus.

Cidades Inteligentes

        Este projeto da USP tem um caráter experimental  e está inserido no conceito de Cidades Inteligentes, que visa o uso de tecnologias diversas e da internet para o desenvolvimento sustentável. Baseia-se também  no conceito de Internet das Coisas, uma revolução tecnológica, que propõe a ligação de todos os objetos do dia a dia à rede mundial de computadores.

        De acordo com  Carlos Eduardo Cugnasca, professor da Poli e coordenador do projeto, essa tecnologia já vem sendo usada no exterior e com muito êxito. Em Paris, colocam o chip em todas as árvores da cidade, possibilitando uma forma mais racional de tratar a questão, pois consideram  a árvore como um ser vivo, que é plantado, se desenvolve, cresce, dura um certo período de vida e morre como qualquer outro ser. Só que antes da planta morrer, a substituem por outra.

Fonte: Universidade de São Paulo

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