Comparado com 2009, o número de cirurgias plásticas mais que dobrou em 2014 |
Em 2009, foram realizadas pouco mais de 600 mil cirurgias plásticas, e em 2015 esse número mais que dobrou, sendo realizadas quase 1,34 milhão de cirurgias. Com crise ou sem crise, a maioria delas foi de natureza particular (82%), ainda que este índice represente uma pequena queda comparado à 2009, por convênio médico (19%).Houve um ligeiro aumento de cirurgias realizadas pelos homens, enquanto que entre as mulheres, houve queda, num percentual perto dos 2%. Mas ainda assim, as mulheres ocupam o primeiro lugar nos procedimentos estéticos e de reparação. E a faixa etária que mais realizada as mudanças estéticas fica entre 19 e os 35 anos.
A região Sudeste continua dominando o ranking de procedimentos cirúrgicos realizados. Os números não alteraram e, assim como 2009, em 2015 a região foi a responsável por 60,4% das operações realizadas no País. O mesmo aconteceu com o Sul, com um alteração pouco significativa, passando de 16,8% para 16,7%. O Nordeste apresentou ligeira queda, com 11,4%, mesmo índice apresentado pela região Centro-Oeste, que em 2009 era de 10,9%.
As cirurgias plástica com finalidade estética continuam em alta, ainda que tenham representado uma queda. Em 2009, 73%, e em 2014, 60,1%. Ao contrário das cirurgias reparadoras, que apresentaram um aumento de 12,9%. Os hospitais públicos foram os responsáveis pelo menor número de cirurgia plásticas realizadas, tanto em 2009 (1,1%) e 2014 (1,3%).
Houve ainda um aumento significante na faixa de cirurgiões plásticos com até 5 anos de especialista: em 2009 eram 25,7% em 2014, 33,9%. Os últimos dados mostram que 1/3 dos cirurgiões plásticos são especialistas há 5 anos, 1/3 entre 6 e 15 anos e 1/3 há mais de 16 anos.
De acordo com a entidade, a atual mudança no cenário político e econômico, certamente refletirá nos números apresentados. Por isso, com o objetivo de avaliar as dimensões destas mudanças, faz-se necessário um novo estudo, possivelmente no início de 2017, para avaliar o ano de 2016.
Mudança de comportamento
Ainda que o mercado de procedimentos estéticos segue aquecido, alheio à crise econômica, a surpreendente alta na demanda por tratamentos menos invasivos e financeiramente mais acessíveis nas redes de estética ocorre no mesmo momento em que o Brasil acaba de perder a liderança mundial em número de cirurgias plásticas realizadas. Esse movimento talvez se explica pela migração da demanda de procedimentos cirúrgicos, que são mais complexos e caros, para o mercado de estética, que tem oferecido tratamentos seguros, acessíveis e cada vez mais eficazes. Ou seja, o mercado de estética vive um momento positivo, com um grande aumento do público consumidor em potencial.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Negócio Estética
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