Filipe convida seus amigos de faculdade para passar o Dia de Sant'Ana numa paradisíaca Ilha do Rio de Janeiro (a Ilha de Paquetá), no casarão de sua avó. Augusto confessa-se volúvel e inconstante, a ponto de não ser capaz de se ocupar de uma mesma moça por mais de quinze dias. Filipe e Augusto fazem então uma aposta: se Augusto amar uma única mulher durante quinze dias ou mais, terá de escrever um romance sobre o acontecimento; caso contrário, Filipe é quem deverá escrevê-lo.
Lançado em 1844, A Moreninha é tido como o primeiro romance publicado no Brasil, embora tenha sido precedido por O Filho do Pescador, de Teixeira e Souza, que, entretanto, é tido como uma obra menor, desenvolvida a partir de um enredo pouco articulado e confuso. A Moreninha marca o início da ficção do romantismo brasileiro. O livro faz parte da fase do romantismo no Brasil, e tem grande sucesso ainda nos dias hoje. É considerado o primeiro romance tipicamente brasileiro, pois retratou hábitos da juventude burguesa carioca, contemporânea à época de sua publicação.
Joaquim Manuel de Macedo nasceu no ano de 1820, e no mesmo ano que formou-se em Medicina, 1844, escreveu aquele que viria a ser seu romance mais conhecido, A Moreninha, que lhe deu fama e fortuna. Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de Geografia e Historia do Brasil. Escreveu um poema-romance A Nebulosa, considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo.
Depois que abandonou a Medicina, Joaquim Manuel criou uma forte ligação com Dom Pedro II e a Família Imperial Brasileira, chegando a ser professor dos filhos da Princesa Isabel. Na política, como militante pelo Partido Liberal, foi deputado provincial e deputado geral. Nos últimos anos de vida padeceu de problemas mentais, morrendo pouco antes de completar 62 anos de idade.
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