"Luís de Camões amou muito, sofreu muito, teve gozo no seu sofrimento e escreveu dezenas de sonetos (e canções, elegias, odes, etc) numa repetida tentativa de entender o que era essa coisa simultaneamente sublime e terrível", escreve Richard Zenith, na esclarecedora introdução ao volume.
Luís de Camões foi um poeta nacional de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura lusófona e um dos grandes poetas do ocidente. Pouco se sabe sobre sua vida. Nasceu em Lisboa, pertencente a uma pequena nobreza. Frequentou a corte de D. João III. Iniciou a carreira como poeta lírico, em meio a uma vida boêmia e turbulenta. De volta à Portugal, depois de um auto-exílio na África, onde perdeu um olho numa batalha, feriu um servo e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia Os Lusíadas.
De volta à pátria, publicou a obra e recebeu uma pequena pensão do rei. D. Sebastião pelos serviços prestados à Coroa. Queixava-se da escassa atenção que sua obra recebia, mas pouco depois de falecer a sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia. Nos seus anos finais enfrentou dificuldades para se manter. Hoje sua fama está solidamente estabelecida e é considerado um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido por várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.
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