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Os fatos acima são de 1964, num país presidido por João Goulart. E no dia primeiro do mês seguinte, a manchete "Exército domina o Vale do Paraíba" foi estampada nos jornais daquele 1º de abril de 1964. Começava regime militar.
Os momentos que antecederam o inicio do regime militar no Brasil, mostravam uma instabilidade política durante o Governo João Goulart, ocorrência de greves e manifestações políticas e sociais, motivada por uma crise política que se arrastou desde a renúncia de Jânio Quadros. O governo de João Goulart foi marcado pela abertura às organizações sociais. Estudantes, organizações populares e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes conservadoras, como por exemplo, os empresários, banqueiros, igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma guinada do Brasil para o lado socialista, num período em que o mundo vivia o auge da Guerra Fria.
A promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base, marca de um estilo populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo a preocupação nos Estados Unidos, que junto com as classes conservadoras brasileiras, temiam um golpe. O que eles temiam era que Jango implantasse um governo socialista no país. Os partidos de oposição da época, como a União Democrática Nacional, a UDN, e o Partido Social Democrático, o PSD, acusavam o presidente de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava.
No dia 19 daquele ano, os conservadores organizam uma manifestação contra as intenções de João Goulart. A "Marcha da família com Deus pela liberdade" reuniu milhares no centro de São Paulo. No último dia do mês, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango deixa o país e se refugia no Uruguai. Os militares tomam o poder. Daí em diante, foram Atos Inconstitucionais, que resultaram em torturas, mortes, prisões e desaparecidos políticos.
Que fique na historia o período de retrocesso que o Brasil viveu com a Ditadura Militar.
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