Foto: Internet |
Ultrapassar a barreira do preconceito, a fim de inserir as pessoas com Síndrome de Down num ambiente escolar é o desafio do atual modelo de educação.
Véspera de se comemorar o Dia Internacional da Síndrome de Down, diversos são os compartilhamentos nas redes sociais que confundem a data. Não ao acaso, o dia 21 de março foi escolhido como alusão à trissomia do 21 (3-21), porque a data se escreve como 21/3.
A Síndrome de Down (trissomia 21) é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21, possuem três. A maior probabilidade de gestar um bebê com estas alterações cromossômicas são mulheres com mais de 35 anos de idade.
A síndrome foi descrita pelo médico inglês John Langdon Down, em 1866. Só em 1959, Jerôme Lejeune descobriu que a causa da síndrome é genética. Alterações provocadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21 determinam as características típicas da síndrome, tais como: olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado, mãos menores com dedos mais curtos, prega palmar única e orelhas pequenas. Hipotonia, ou uma diminuição do tônus muscular responsável pela língua protusa, dificuldades motoras, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, cardiopatias. Comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta. Ainda assim, isso não é motivo para exclusão, ainda que diversas sejam as discussões a cerca do adequado ambiente escolar que traria melhores resultados a alfabetização dessas crianças. A legislação brasileira prevê a escolarização na classe comum, bem como em escolas especiais. No entanto, evidências científicas apontam que o ambiente mais adequado é a classe comum.
Diferentemente com o que ocorria com o aluno com Síndrome de Down de anos atrás, onde a eles era apenas oferecido treinamento de habilidades de vida diária, pois eram rotulados como não-educáveis. Já ao aluno atual é dado a oportunidade de aprendizagem, em estar por dentro de acontecimentos produzidos pela humanidade. Há alunos que ingressam em universidades. Portanto, conviver com pessoas de diferentes origens em uma escola comum, com uma perspectiva inclusiva, favorece o desenvolvimento pleno da capacidade das pessoas com Síndrome de Down.
Nenhum comentário:
Postar um comentário