segunda-feira, 23 de março de 2015

CFM desenvolve ação para tentar diminuir número de crianças desaparecidas


No Brasil, são registrados em média 50 mil casos de desaparecimento de crianças e adolescentes por ano.  Preocupado com isso, o Conselho Federal de Medicina, o CFM, programa um ato público, em Curitiba, durante a Semana Nacional de Mobilização para a Busca e Defesa de Criança Desaparecida, que acontece entre 25 e 31 de março. A ação também conta com o Conselho Regional de Medicina do Paraná. O intuito é chamar a atenção de médicos e de toda a sociedade para o desaparecimento de crianças e adolescentes no Brasil.
Cartaz da Campanha


aposta do Conselho é acreditar ser possível reverter esta realidade. Por isso, desenvolve junto à categoria uma campanha de conscientização desde 2011. Por meio da Recomendação nº 4/2014, os profissionais médicos e instituições de tratamento médico, clínico, ambulatorial ou hospitalar foram orientados sobre como o quê observar e fazer para ajudar neste esforço contra o desaparecimento de menores.

O documento orienta os médicos a prestarem atenção nas atitudes dos pequenos pacientes: “observar como eles se comportam com o acompanhante, se demonstram medo, choro ou aparência assustada; observar se existem marcas físicas de violência, como cortes, hematomas ou até abusos”. O CFM ainda alerta que os médicos peçam a documentação do acompanhante. Conforme a orientação do documento, “a criança deve estar acompanhada dos pais, avós, irmão ou parente próximo. Caso contrário, pergunte se a pessoa tem autorização por escrito”. Além disso, recomenda-se “desconfiar se o acompanhante fornecer informações desencontradas, contraditórias ou não souber as perguntas básicas”. 

O estado de São Paulo detém 25% do total de crianças desaparecidas. Logo atrás vêm o Rio de Janeiro e os estados do Nordeste. Estima-se, ainda, que quase 250 mil desses menores não tenham sido encontrados. No ano passado, no Paraná foram registradas 254 ocorrências de desaparecimentos e fugas. Todos os casos foram solucionados pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas, o Sicride. Em 2013, houve 330 casos, dos quais 329 tiveram um desfecho. Mas a realidade do Paraná não é a mesma dos demais estados. 

A capital paranaense é reconhecida como exemplo nacional e internacional na busca dessas crianças. O Sicride tem números de resgate superiores a 93%, muito diferente da realidade brasileira. Em nível nacional, este percentual de sucesso fica em 15%, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas, a ONU.

O Sicride orienta em caso de desaparecimento de crianças:

- Caso esteja sozinho, peça auxilio para que acionem imediatamente a policia. Não existe prazo para comunicar o desaparecimento, faça-o imediatamente;
- Manter alguém no local onde a criança foi vista pela última vez, pois ele poderá retornar ao local;
- Deixar alguém no telefone indicado no cartão de identificação da criança, até para centralizar informações;
- Avisar amigos e parentes, o mais rápido possível, principalmente os de endereço conhecido da criança, para onde ela possa se dirigir;
- Percorrer os locais de preferência da criança;
- Ter sempre a mão foto da criança;
- Ter sempre em mente a vestimenta da criança para descrevê-la, procurando vesti-la com roupas detalhadas, de fácil visualização e identificação (cores berrantes, desenhos, etc...). 

Fonte: Conselho Federal de Medicina

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