Danos aparecem depois de anos de exposição |
Não é de hoje que se sabe que o câncer de pele está associado, em muitos casos, à exposição a luz solar. Mas agora, um estudo que contou com a participação de pesquisadores brasileiros foi mais detalhado. E tinha como meta a solução de alguns problemas relacionados a danos ao DNA de melanócitos, as células produtoras de melanina. Os danos estavam associados ao desenvolvimento de melanoma, uma forma agressiva de câncer. Sob a ação da luz do sol, o pigmento da pele, a melanina pode se fragmentar e formar compostos químicos muito reativos que podem danificar a estrutura da molécula do DNA, mantida no núcleo das células, e provocar o desenvolvimento de câncer de pele.
O ataque ao DNA pode persistir por mais de três horas após a exposição ao sol. Um dos recursos de prevenção, o protetor solar não vai prevenir totalmente os danos ao DNA, que continuam mesmo depois desta exposição, segundo explica o químico Etelvino Bechara, professor sênior da Universidade de São Paulo, a USP e um dos autores do estudo.
O professor Bechara recomenda ainda mais cuidado com o bronzeamento artificial e alerta para a necessidade urgente de formulações, na forma de cremes que possa impedir a formação de compostos lesivos ao DNA. Uma possibilidade de reduzir esse dano, além de filtros de radiação ultravioleta, é utilizar a vitamina E, já empregada em alguns cosméticos.
Fonte: Revista Fapesp / Ilustração da internet
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