A empresa que contrata cumpre a lei, mas as pessoas com deficiência não são aceitas internamente pelas pessoas |
A diretora da Diversidade da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH Brasil), Georgete Lemos, disse que a pesquisa deixa em evidência valores muitas vezes enraizados de não reconhecer a capacidade das pessoas com deficiência. Para ela, o RH tem que ajudar as empresas a realinhar suas ações aos valores que estão sendo adotados pela sociedade. Embora existe a Lei de Cotas e até uma boa intenção por parte dos gestores, falta a atitude compatível. E essa equação pode se resolvida com a incorporação de valores na organização como um todo, começando pelos gestores e se estendendo à totalidade do corpo de funcionários.
A pesquisa Expectativas e Percepções sobre a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Mercado de Trabalho foi feita em 2015 por uma consultoria com foco no mercado de trabalho, em parceria com a Catho e com o apoio da ABRH.
Lei de Cotas
A Lei de Cotas prevê que toda empresa com 100 ou mais funcionários deve destinar de 2 a 5% (dependendo do total de empregados) dos postos de trabalho a pessoas com alguma deficiência. De acordo com Georgete, 86% das empresas contratam pessoas com deficiência apenas para cumprir a lei; 2% das que contratam porque valorizam a diversidade; 3% porque acreditam no potencial destas pessoas e 9% demonstram interesse no perfil do candidato.
Além disso, a maioria dos profissionais de RH afirmam que as pessoas contratadas acabam sofrendo preconceito no próprio ambiente de trabalho, seja por parte dos colegas, gestores ou clientes.
Segundo o Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, existem no Brasil 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 23,92% da população brasileira.
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