quarta-feira, 11 de maio de 2016

Ex-ministro da Educação aborda a atual situação da imprensa brasileira

       Diariamente, somos bombardeados com informações vindas dos mais diversos veículos; principalmente diante da proliferação dos blogs de notícias. Mas ainda assim, a grande mídia é a principal fonte de informação de boa parte da população, o que da brecha para que este mesmo público fique a mercê de notícias falsas que se propagam com facilidade. Além disso, não se sabe o que é mentira ou má informação.

      Em recente palestra, o professor da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Educação Janine Ribeiro disse que um dos pontos críticos na cobertura jornalística é a mistura entre opinião e relato que, para o professor, é o pior lado da imprensa brasileira, tendo as revistas semanais como principais representantes do problema. Mas o professor aponta uma solução. Para gerar bons relatos, o jornalista deveria fazer o papel de pesquisador, onde a ele - o jornalista - poderia ser proporcionado longos tempos de imersão na realidade a serem tratadas. Como exemplo, ele cita as revistas The New Yorker e Vanity Fair, que para o professor Janine fazem reportagens aprofundadas.

     Janine Ribeiro sentiu na pele os efeitos nocivos da cobertura jornalística à época em que esteve à frente do Ministério da Educação, entre abril e setembro de 2015. Segundo ele, no Ministério ficaram evidentes problemas como a falta de cobertura de assuntos importantes. "Em várias notícias que saíram quando eu era ministro, havia maior interesse em fofocas sobre educação do que sobre educação". O que para ele é preocupante ver que um assunto, constantemente apresentado como a solução para o País - a educação - desperte tão pouco interesse na maior parte dos veículos jornalísticos. O ex-ministro da Educação falou durante o evento A Ética na Imprensa, realizado no último dia 9 no Centro Universitário Maria Antônia da USP.

Fonte: USP 

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