As propagandas, de um modo geral, incentivam a automedicação |
Álvaro Atallah, professor titular da Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, explica que a automedicação é uma questão cultural na sociedade. O brasileiro segue os costumes dos Estados Unidos, onde medicamentos como o Paracetamol, Ácido Acetilsalicílico, o AAS, multivitamínico, entre outros, são vendidos indiscriminadamente no balcão das farmácias. "O Paracetamol é a primeira causa de suicídio na Inglaterra. A droga tem ação hepática e em doses altas pode matar, causando insuficiência hepática, como sangramentos".
E o consumidor ainda conta com as propagandas que incentivam a automedicação. Os anúncios publicitários de remédios, veiculados na mídia, costumam trazer a mensagem: se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado. E em casos de medicamentos à base de AAS: este medicamento é contraindicado em casos de suspeita de dengue. Para o professor, estas duas mensagens já incentivam o consumo de remédios, uma vez que o paciente é orientado a procurar um médico apenas se os sintomas persistirem, ou seja, após ter tomado a droga por conta própria.
Fonte: Unifesp
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