segunda-feira, 9 de maio de 2016

Especialista adverte para o risco da automedicação

As propagandas, de um modo geral, incentivam
a automedicação
      Não é de hoje que o brasileiro tem o hábito - errado - de se automedicar. Tema polêmico que divide opiniões. De um lado, os próprios pacientes que, com a dificuldade de se conseguir atendimento rápido nos hospitais e postos de saúde, acabam recorrendo àquele remédio à disposição na caixinha de medicamentos; afinal se deu certo nas outras vezes, por que não daria agora? E na contramão, há toda a comunidade médica que insiste em dizer - e eles têm razão - que a automedicação pode trazer riscos à saúde.

      Álvaro Atallah, professor titular da Disciplina de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, explica que a automedicação é uma questão cultural na sociedade. O brasileiro segue os costumes dos Estados Unidos, onde medicamentos como o Paracetamol, Ácido Acetilsalicílico, o AAS, multivitamínico, entre outros, são vendidos indiscriminadamente no balcão das farmácias. "O Paracetamol é a primeira causa de suicídio na Inglaterra. A droga tem ação hepática e em doses altas pode matar, causando insuficiência hepática, como sangramentos".

       E o consumidor ainda conta com as  propagandas que incentivam a automedicação. Os anúncios publicitários de remédios, veiculados na mídia, costumam trazer a mensagem: se persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado.   E em casos de medicamentos à base de AAS: este medicamento é contraindicado em casos de suspeita de dengue. Para o professor, estas duas mensagens já incentivam o consumo de remédios, uma vez que  o paciente é orientado a procurar um médico apenas se os sintomas persistirem, ou seja, após ter tomado a droga por conta própria.


Fonte: Unifesp 

      

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