quinta-feira, 26 de novembro de 2015

QUINTA FEMININA: Las Mariposas e o 25 de novembro

Las Mariposas, que dedicaram grade parte de suas vidas, a lutar pela liberdade
política de seu país. Hoje, a província onde nasceram foi rebatizada de
Hermanas Mirabel
     O dia de ontem, 25 de novembro, foi a data escolhida para a Campanha Mundial de Combate à Violência contra as Mulheres, por conta do maior ato de violência cometido contra as mulheres. As irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabel, conhecidas como Las Mariposas, opositoras ao regime de Rafael Leónidas Trujillo de Molina, lutavam por soluções para problemas sociais de seu país, a República Dominicana, e foram perseguidas diversas vezes até serem brutalmente assassinadas. 

      As irmãs Mirabel cresceram em uma zona rural . De família importante na região de Ojo de Agua, seu pai havia sido prefeito quando Trujillo chegou ao poder, e a família das irmãs perdeu a casa e todo o seu dinheiro. Com isso, acreditaram que o ditador levaria o país ao caos econômico. Minerva foi a primeira irão a se envolver no movimento contra Trijullo. Depois de terminar o colegial, ela foi para a faculdade de Direito e trabalhou com Pericles Franco, fundador do Partido Socialista Popular. Isso a levou a ser presa e torturada em várias ocasiões. Em 1949 foi presa depois que recusou os avanços sexuais de Trujillo. Minerva foi acompanhada em sua luta contra o governo pelas irmãs Maria Teresa e Patria. Influenciadas pelos movimentos de libertação na América Latina, elas criaram com seus maridos o Movimento 14 de Junho. Dentro desse movimento, as irmãs foram chamadas de Las Mariposas, a partir do nome clandestino de Minerva. 

      Foram presas e torturadas. E apesar disso, continuaram na luta contra a ditadura. Foi aí que Trujillo decidiu acabar com as Las Mariposas em 25 de novembro de 1960, enviando homens para interceptar as três mulheres quando iam visitar seus maridos na prisão. Elas foram pegas desarmadas e levadas para um canavial, onde foram apunhaladas e estranguladas.

     O assassinato de Patria, aos 36 anos de idade, Minerva, aos 34, e Maria Teresa, aos 24, causou grande comoção na República Dominicana e levou o população a ficar cada vez mais inclinada a apoiar os ideais de Las Mariposas. Esta reação contribuiu no despertar da consciência do povo, e culminou no assassinato de Trujillo em maio de 1961.

      No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado na Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. 

      E em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, a ONU, proclama a data como o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, a fim de estimular que governos e sociedade civil organizada - nacionais e internacionais - realizem eventos anuais como necessidade de extinguir a violência que destrói a vida de mulheres considerado um dos grandes desafios na área dos direitos humanos.

Fonte: Wikipedia e Jornal GGN

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