sábado, 14 de novembro de 2015

Muito mais que brinquedos, um excelente aprendizado

Kit Pequeno Arquiteto dispõe de peças com as quais se
pode criar a arquitetura de cidades
    Sair do convencional e presentear a criançada com brinquedos clássicos pode ser mais do que um estilo de vida diferenciado e proporcionar a elas momentos de aprendizagem. Porque por trás destes jogos há técnicas que podem auxiliar no desenvolvimento intelectual e motor da criança. Além do que eles custam bem baratinhos; quando comparados aos brinquedos atuais.

     Um dos clássicos, que a partir dele muitos garotos tornaram-se grandes arquitetos, foi o kit Pequeno Arquiteto. Em tempos de games para montar e administrar cidades, o único jeito de ser arquiteto é colocar a mão na massa, ou nos tijolinhos. Um conjunto de peças de madeira com blocos, telhados de diferentes formatos, pontes, torres com relógios e mais. Não possuem encaixes como o moderninho Lego, o que deixa as construções não tão perfeitas quanto o seu sucessor.

     

    Outro "antiguinho" e que é possível de ser encontrado é o famoso Aquaplay, apresentado  em várias versões. Dentro do tubo transparente preenchido com água há objetos que se movimentam com a ação de botões que bombam a água.

     E opções não faltam. Há jogo de basquete (como na foto ao lado), de futebol, nave, pescaria... O lado positivo é que o brinquedo estimula o desenvolvimento da coordenação da criança.

 Aprendendo e brincando


     O velho conhecido Resta Um, presente desde o tempo da corte de Luis XV e em muitas culturas tem como objetivo remover peças de um tabuleiro "comendo" umas às outras, para conseguir deixar sobrar apenas uma peça. Matemática associada ao raciocínio lógico.

     Através dele, a criança pode competir com outros participantes e isso a leva querer superar os próprios desafios em tentar deixar restar o menor número de peças possíveis.

Para toda a família


     
     Com origem atribuída aos frequentadores das praias da Itália, em meados de 1976, o Vai-e-Vem é um brinquedo de estrutura e funcionamento simples, do tipo que pode ser feito em casa. Para ser jogado em dupla, cada qual fica com um par de alças, e ao afastar rapidamente as cordas, a bola se move para o lado do outro jogador. E assim ela "vai" e "vem" de um lado para outro.

Exposição


Uma das peças de Torres Garcia em exposição na Mário
de Andrade
     Dentro desse universo de brinquedos simples, mas interativos, a Biblioteca Mario de Andrade abriga, até o dia 15 de dezembro, a exposição El niño aprende jogando, do artista uruguaio Joaquín Torres Garcia (1874-1949). Através de objetos, brinquedos, desenhos, anotações e conferências de seus cadernos artístico-pedagógicos, a mostra expõe pela primeira vez ao público brasileiro as diversas facetas por trás do conceito de "brinquedos transformáveis" criados pelo artista nas primeiras décadas do século 20 durante sua estadia na Espanha.

     Concebidos a partir de uma vontade tanto de educar quanto de divertir os próprios filhos, os objetos apresentam uma oportunidade única para educadores, pais e filhos travarem contato com as ideias revolucionárias sobre educação que permeavam a obra do artista. Entendendo a criança como possuidora natural de um pensamento livre e sem preconceitos que necessitava a todo custo ser preservado para torná-la um adulto mais liberto, Torres Garcia pensava o educador não como reprodutor nocivo de práticas sociais preestabelecidas, mas como um estimulador daquele espírito livre. 

Biblioteca Mário de Andrade
Rua da Consolação, 94
Telefone: 11-3775-0002

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