quinta-feira, 9 de julho de 2015

QUINTA FEMININA: Frida Kahlo, a pintora que fez da vida sua arte

"Bebia para afogar as mágoas, mas as malditas aprenderam
a nadar"
No próximo dia 13, há exatos 61 anos, o mundo perdia uma das artistas mais influentes do século passado. Magdalena Carmem Frieda Kahlo Y Calderón, uma pintora mexicana mais conhecida como Frida Kahlo. Nascida no dia 6 de julho de 1907, Frida era a terceira de uma família de quatro irmãos por parte materna.

Aos seis anos de idade, Frida contraiu poliomielite, a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo da vida. A poliomielite deixou uma lesão no seu pé direito, pelo que ganhou o apelido de Frida pata de palo (Frida perna de pau). Passou a usar calças, depois longas e exóticas saias, que se tornaram uma de suas marcas.

Frida entrou no mundo das artes quando, entre 1922 e 1925, passou a frequentar a Escola Preparatória do Distrito Federal do México, onde assistia a aulas de desenho e modelagem. Em 1925, mais um incidente marca a vida da artista. Um bonde, no qual viajava, chocou-se com um trem. O pára-choque  de um dos veículos perfurou-lhe as costas, atravessou sua pélvis e saiu pela vagina, causando uma grave hemorragia. Teve que operar diversas partes e reconstruir seu corpo por inteiro. Por conta do acidente, foi obrigada a usar coletes ortopédicos de diversos materiais, e ela chegou a pintar alguns deles - como o colete de gesso da tela intitulada A Coluna Partida. Durante o tempo em que esteve internada, começou a pintar usando a caixa de tintas de seu pai e um cavalete adaptado à cama.

Com Diego, casou-se duas vezes
Em 1928, entrou para o Partido Comunista mexicano e conheceu o pintor Diego Rivera, com quem se casou, no ano seguinte, aos 22 anos de idade. Sob influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples, num estilo propositalmente reconhecido como ingênuo. Através de sua arte, afirmou sua identidade mexicana, adotando com frequência temas do folclore e da arte popular do México.

Vida pessoal

Frida viveu um casamento tumultuado com Diego, visto que ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo era bissexual e Rivera aceitava abertamente os relacionamentos da esposa com mulheres, mas não os casos de Frida com homens. Em contrapartida, ele mantinha um caso com a irmã mais nova de Frida. A descoberta foi uma tragédia para artista. Mas nada que pudesse não ser superado.

Após tempos de separação, une-se novamente a Diego; sendo o segundo casamento tão tempestuoso como o primeiro, apesar de passarem a viver em casas separadas. A propósito, após a separação, Frida construiu uma casa idêntica a que havia morado com ele no primeiro casamento. O elo de ligação era uma ponte que unia as duas casas.

"Ele leva uma vida plena, sem o
vazio da minha. Não tenho
nada porque não o tenho"
Frida engravidou várias vezes, mas nunca conseguiu levar adiante a gestação; pois o acidente que a perfurou comprometeu seu útero. A artista tentou por diversas vezes suicídios com facas e martelos. Mas, em 13 de julho de 1954, Frida Kahlo que havia contraído uma pneumonia, foi encontrada morta. Apesar do atestado de óbito registrar embolia pulmonar como causa da morte, não se descarta a possibilidade de uma overdose - acidental ou provocada - devido ao grande número de remédios que tomava e ao consumo excessivo de álcool. Em seu diário, seu último registro da brecha para a hipótese de suicídio. "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar". Seu corpo foi cremado e as cinzas encontram-se depositadas em uma urna, na casa que morou com os pais, hoje Museu Frida Kahlo.

Arte

Frida Kahlo fez parte do Surrealismo, embora negava que era surrealista, pois dizia que não pintava sonhos, mas sua própria realidade. Destacou-se ao defender o resgate à cultura dos astecas como forma de oposição ao sistema imperialista cultural europeu. Pintou muitos autorretratos, paisagens mortas e cenas imaginárias. Sua obra tem forte influência da arte folclórica indígena mexicana, cultura asteca, tradição artística europeia, marxismo e movimentos artísticos de vanguarda.

Fonte: Wikipedia
Foto: Internet

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