Engenho São Jorge de Erasmos, o mais antigo patrimônio histórico do Brasil |
Estão sob tutela do Instituto, os bens tombados que se subdividem entre bens móveis e imóveis. Os bens imóveis ainda incluem equipamentos urbanos e de infraestrutura, paisagens naturais, ruínas, jardins e parques históricos, terreiros e sítios arqueológicos. E proteger um bem cultural significa impedir que ele desapareça, mantendo-o preservado para as gerações futuras; ou seja, a historia se perpetuando através dos tempos.
A origem do Tombo
A palavra Tombo, neste caso significando registro, começou a ser empregada pelo Arquivo Nacional Português, fundado por D. Fernando, em 1375. E originalmente instalado em umas das torres da muralha que protegia a cidade de Lisboa. Com o passar do tempo, o local passou a ser chamado de Torre do Tombo, onde eram guardados os livros de registros especiais ou livros do tombo.
No Brasil, o Decreto-Lei adotou tais expressões, de maneira que todo bem material passível de acautelamento por meio de ato administrativo do tombamento deve ser inscrito no Livro do Tombo. A Lista de Bens Culturais inscritos no Livro do Tombo é a versão mais sistematizada e publicada sobre os bens móveis e imóveis tombados pelo Iphan.
Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos
Segundo a Revista Espaço Aberto, da Universidade de São Paulo, a USP, as Ruínas Engenho São Jorge dos Erasmos - no sopé do morro da Caneleira - é atualmente o mais antigo patrimônio, pois sua construção data de 1534.
O Engenho São Jorge dos Erasmos é apontado como um dos três primeiros construídos por aqui, na até então Capitania de São Vicente. A discussão se foi o primeiro, segundo ou o terceiro é vasta. Mas segundo historiadores, foi na Vila de São Vicente onde fabricou o primeiro açúcar no Brasil.
De início, o local foi chamado de engenho do Governador, recebendo posteriormente o nome de engenho dos Erasmos, ao ser adquirido pelo comerciante flamengo Erasmos Schetz da Antuérpia, antiga Bélgica. No terreno onde estão situadas as ruínas do engenho, pesquisas arqueológicas encontraram 33 corpos em sua maioria índios e negros, supostamente os trabalhadores do engenho.
O Monumento Ruínas de Engenho São Jorge dos Erasmos hoje é um órgão da Pró-Reitoria Cultura e Extensão Universitária da Universidade de São Paulo, a USP.
Fonte: Iphan
Foto: USP
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