O Ministério da Saúde lançou protocolo para uso de medicamentos em situações de exposição de risco ao HIV, a chamada profilaxia pós-exposição, PEP, que passa a valer na rede pública ainda este mês.
De acordo com o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, há três tipos de PEP: acidente ocupacional, violência sexual e relação sexual consentida. O documento recomenda também a redução do tempo de acompanhamento do tratamento de seis para três meses. Há ainda a recomendação de que os medicamentos utilizados para o tratamento sejam ministrados até 72 horas após a exposição ao vírus; sendo que o ideal é usar os medicamentos nas primeiras duas horas após exposição ao risco.
"A grande vantagem desse protocolo é a simplificação e unificação da PEP em um esquema único de medicamentos. Com isso, não será preciso um especialista em aids para dispensar a PEP. Isso não só irá ampliar o acesso à população de forma geral, mas também facilitar o procedimento para os profissionais de saúde como um todo", avalia o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fabio Mesquita.
O total de brasileiros com acesso ao tratamento com antirretrovirais no país mais que dobrou de 2005 para 2014 - passando de 165 mil pacientes para 400 mil. Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 12 são produzidos no Brasil.
Desde os anos 1980, o Brasil registrou 757 mil casos de aids, e a epidemia no país está estabilizada. Hoje, a taxa de detecção é de cerca de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isso representa perto de 39 mil novos casos de aids por ano.
As pessoas morrem menos de aidis, pois o coeficiente de mortalidade caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes, em 2003, para 5,7 casos, em 2013. Ainda assim, todo cuidado é pouco, principalmente para o público juvenil, que apresentou a maior taxa de detecção da doença, de acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS de 2014.
Fonte: Ministério da Saúde
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