Na última terça-feira, a Agência Nacional de Saúde, a Anvisa, divulgou recomendação que vai ao encontro do que pediatras já orientavam sobre a restrição do consumo de mel até 1 ano de idade. A preocupação da Anvisa é que o produto possa estar contaminado com esporos da bactéria Clostridium botulinum, responsável pela transmissão do botulismo, doença que atinge os nervos e músculos. Embora seja rara, é grave. "Até 1 ano, o sistema imunológico da criança não está desenvolvido para combater essa bactéria", explica Mario Vieira, gastroenterologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. No entanto, adultos também podem contrair a doença, caso tenham problemas relacionados à flora intestinal.
A preocupação da Anvisa foi baseada em estudos, como a pesquisa realizada pela Universidade Estadual Paulista, a Unesp, anos atrás, entre janeiro de 2002 e julho de 2003, em seis estados brasileiros, e que mostrou a presença da bactéria em 7% das 100 amostras de mel comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres.
Sobre o botulismo
A criança fica abatida, tem dificuldade de controle dos movimentos, abalos musculares e episódios semelhantes a crises convulsivas. Não há tratamento para a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para controlar os sintomas.
Fonte: Unesp
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