Manchete do extinto jornal Notícias Populares, pertencente ao Grupo Folha |
O chamado Caso Escola Base envolve o conjunto de acontecimentos ligados a essas acusações, tais como a cobertura parcial por parte da imprensa e as atitudes precipitadas e muito questionadas por parte do delegado de polícia, Edécio Lemos, responsável pelo caso, que supostamente teria agido pressionado pela mídia televisionada e pelas manchetes de jornais. O caso foi arquivado pelo promotor Sérgio Peixoto Camargo por falta de provas. Em 1995, ambos os casais moveram uma ação por danos morais contra a Fazenda Pública do Estado. Além disso, os órgãos de imprensa processados por danos morais foram os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de São Paulo, a revista Veja e as emissoras de televisão Globo, SBT, Record, TV e Rádio Bandeirantes. Vinte anos depois, os antigos donos conseguiram uma indenização mínima, comparada aos prejuízos sofridos.
Opinião pública pedia e exigia justiça, tendo por base apenas uma versão dos fatos |
Depois do massacre por parte da imprensa, matéria confirma o erro na cobertura do caso |
Décadas depois, e o que o jornalismo atual aprendeu com o Caso Escola Base? Parece que quase nada. Hoje vemos uma imprensa que, diretamente, não acusa, mas provoca com insinuações tendenciosas, e que vê que seus objetivos alcançados quando consegue conduzir a opinião pública de acordo com os seus interesses. As matérias se repetem igualmente nos canais de televisão. Sutilmente, nota-se alguma diferença.
Além disso, substituídos pela grande mídia, os blogs são os acusadores do momento. Crescem e se proliferam com total descomprometimento de manter a veracidade da notícia. Na era da informação rápida e imprecisa, a mídia continua assumindo o papel de vilã.
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