O indicado é o consumo do chocolate amargo, com 60% ou mais de cacau |
Em artigo publicado no site da Sociedade Brasileira de Diabetes, o médico endocrinologista Mateus Dornelles Severo, disse que, em 2012, a publicação New England Journal of Medicine, trouxe um estudo onde os pesquisadores demonstraram que os países onde mais pessoas comiam chocolates, ganhavam mais prêmios Nobel. Pode ser uma evidência epidemiológica de que o consumo regular de chocolate melhora as capacidades cognitivas de quem o saboreia. A explicação pode estar pelo fato do chocolate ser feito de cacau, uma planta rica em flavonoides, que são antioxidantes e anti-inflamatórios naturais. E quando consumidas regularmente, estas substâncias têm o potencial de trazer uma série de benefícios ao cérebro, coração, vasos e metabolismo.
Um estudo sueco mostrou que o consumo de apenas 28 gramas de chocolate amargo uma ou duas vezes por semana se associou a um risco 32% menor de insuficiência cardíaca. Estudos posteriores evidenciaram melhora na função do endotélio (camada interna dos vasos) e da função das plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue). Ou seja, o chocolate também tem potencial de reduzir infartos e mortalidade por doença coronariana. E as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte em pacientes com diabetes mellitus.
Chocolates com mais de 60% de cacau, apesar de possuírem gorduras saturadas, são capazes de reduzir os níveis de colesterol LDL (ruim) e aumentar os níveis de HDL (bom). E um estudo de 2012, publicado na revista médica Archives of Internal Medicine associou um maior consumo de chocolate a um menor índice de massa corporal (IMC). Isto é, dentro de uma alimentação equilibrada, os antioxidantes do chocolate poderiam ajudar a manter o peso mais próximo do ideal.
Mas atenção. Os estudos que mostram os benefícios do chocolate, foram realizados com a versão amarga do chocolate, ou seja, com alto teor de cacau - acima de 60%. As versões ao leite e branco são ricas em açúcar e gorduras adicionadas (diferente do ácido esteárico do cacau). Além disso, estas versões são pobres nos benéficos polifenóis, que podem ser prejudiciais à saúde e devem ser evitadas, principalmente por pacientes com diabetes.
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