Há pouco mais de três anos, eu começava a escrever as primeiras páginas do meu primeiro livro, Filhos do Silêncio. Em princípio, pensava em outros desdobramentos para a historia, onde abordaria a falta de ética na conduta de um médico ginecologista. Ainda abordasse a falta de ética de uma parcela dos médicos que não levam o juramento a sério, este tipo de abordagem poderia colocar minha história em risco; desviando de seu foco principal - a maternidade - sendo obrigada a traçar um desfecho sobre esta conduta; não poderia deixar sem solução o crime.
Foi então, que, por motivos inesperadamente surgiu o tema "estupro". Neste caso, não abordei sob a ótica do crime, mas sim o conflito psicológico pelo qual passam as mulheres vítimas deste crime.
Natália é uma mulher perto do seus 40 anos de idade que sempre teve como foco engravidar. As frustrações com seus relacionamentos jogavam por terra o seu desejo. Desiludida, pensa em deixar para trás os envolvimentos afetivos, para focar somente na sua carreira profissional. Sentindo-se livre e feliz, a gravidez ocorre pela forma mais terrível e destrutiva que uma mulher possa esperar. Vítima de estupro, passa a questionar sua vida, e, principalmente, a condição da mulher nos dias de hoje. Sem perceber, o tempo passa, e com ele surge a sua principal dúvida: abortar ou não.
Com uma narrativa em primeira pessoa, tento fazer com que o leitor sensibilize-se com o drama de Natália, principalmente o público masculino.
Elisa Marina.....que satisfação!! Quero um livro, como posso comprar?? Boa sorte na sua jornada.
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