domingo, 6 de março de 2016

Canibalismo sexual entre os animais: o domínio da fêmea

Abelha-rainha tem o privilégio de escolher os machos com que
deseja acasalar
      Aos domingos o Labareda Carmim dedica-se a falar sobre o mundo animal, em suas variadas formas. E aproveitando-se da semana que se inicia, nada como destacar o poder e o domínio das fêmeas sob os machos.

     No reino das abelhas, apenas a abelha-rainha é que se dá bem. Depois de lutar contra suas rivais e alcançar o posto mais alto da colmeia, a rainha tem o privilégio de escolher os machos com que deseja acasalar. Raro de acontecer e com um final trágico, a cópula das abelhas - e a vida do zangão - acaba quando a genitália do macho se quebra dentro de sua parceira. Mesmo assim, a abelha-rainha continua a cruzar com outros zangões, podendo chegar a ser fertilizada por até 40 machos. Depois disso, todo o sêmen fica armazenado e será usado para fertilizar os ovos pelo resto de sua vida.


Apenas uma espécie de viúva-negra pratica o canibalismo pós-
coito
     Assim como as abelhas, as viúvas-negras são acusadas de matarem seus parceiros após o sexo. Mas, justiça seja feita, os especialistas lembram que, de todas as espécies de de viúvas-negras do mundo, apenas uma delas - que vive no Hemisfério Sul - pratica o canibalismo frequentemente. Das três espécies nativas da América, uma delas pode chegar a devorar seu parceiro, mas somente em casos isolados. De qualquer maneira, é interessante notar que o canibalismo pós-coito é um fenômeno bastante raro na natureza. O mesmo ocorre entre os escorpiões, onde as fêmeas devoram o macho após o coito.

      A fêmea do louva-a-deus, depois de receber os espermatozoides, deixa de ver o macho como um parceiro sexual. Uma das hipóteses para explicar a atitude nada amistosa das fêmeas seria o fato de que, ao comer o macho, ela estaria garantindo uma fonte extra de alimentos para seus ovos fecundados. 


Macho tem a cabeça devorada, ainda vivo, pela fêmea
     E no caso do louva-a-deus, cujo macho tem a cabeça devorada pela fêmea durante a cópula, a hipótese mais aceita é de que o canibalismo contribuiria para um aumento na liberação de espermatozoides. Em muitos casos, o papel biológico dos machos se encerra com a fecundação dos ovos.

     Os especialistas acreditam que, em certas espécies, o canibalismo ocorre com o consentimento dos próprios machos. Pois, no caso da aranha, esse "suposto suicídio" livraria o macho de uma existência difícil, já que normalmente o órgão sexual masculino se parte dentro da fêmea em pleno acasalamento.
     

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