sábado, 5 de março de 2016

Iphan destaca o trabalho de Lina Bo Bardi

Lina valorizava o ambiente da vida humana e não apenas uma
arquitetura monumental e teatralizada que se resume no
edifício
     Em comemoração ao Dia Internacional das Mulheres - 8 de março - o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, faz uma homenagem às mulheres, ao relembrar a obra da arquiteta ítalo-brasileira, Lina Bo Bardi, marcada por ideias revolucionárias e humanistas.

     Ilustradora, cenógrafa, designer, escritora, curadora e artista visual, Lina Bo Bardi compreendeu a cultura brasileira, disseminando um espírito moderno que transformou as formas de se entender a arte e a arquitetura no Brasil. Nos seus textos analíticos e críticos prevalece uma visão social, pois ela sempre acreditou na cultura popular, não como folclore exótico, mas sim como ação coletiva catalisadora de arranques sociais.


O espaço onde hoje é o Sesc Pompeia,
abrigava a antiga Fábrica de Tambores
da Pompeia, em 1976
     Sua obra e história de vida estão atrelados aos primeiros movimentos de vanguarda do início do século 20 que buscavam a arte libertária por meio da renovação poética e social, acelerada pelo modernidade. Mas com as experiências nazista e fascista na Europa, o mundo para um arquiteto não era de construção, e sim destruição.

Brasil

    Ao chegar ao Brasil, junto do marido, o crítico de arte e jornalista, Pietro Maria Bardi, Lina encontrou um cenário propício à produção intelectual e artística. Os ideais da Semana de Arte Moderna de 1922 estavam em plena consolidação e personagens da cultura brasileira vinham assumindo cargos políticos importantes. Seu empreendimento mais emblemático foi o Museu de Arte de São Paulo, o MASP.

      Para preservar e difundir os ideais da arquiteta, o IPHAN e as Edições Sesc São Paulo, em parceria com o Instituto Lina Bo Bardi e PM Bardi, lançam a Coleção Lina Bo Bardi composto por textos , croquis, aquarelas, desenhos, fotos, reproduções de maquetes e construções. Cada um dos seis exemplares que compõe a coletânea abordam suas principais obras: os paulistanos MASP, Casa de Vidro (onde residiu), Teatro Oficina e Sesc Pompeia; o Solar do Unhã, em Salvador, Bahia; e a igreja Espírito Santo do cerrado, em Uberlândia, Minas Gerais.

Fonte: IPHAN

Nenhum comentário:

Postar um comentário