quarta-feira, 30 de março de 2016

O perigo do consumo do leite humano pelos adultos

O leite não pasteurizado apresenta concentração de
bactérias, e também pela precariedade no transporte
e armazenamento
     Pode parecer estranho, mas há adultos adeptos do consumo do leite humano. Existem até comunidades fetichistas, adeptos de musculação, e de pessoas que sofrem de doenças crônicas, que gostam de consumir, sob as formas de produto natural, sorvete, pirulitos e outras, pois acreditam tratar-se de um superalimento capaz de evitar doenças e melhorar a saúde e a condição física. Primariamente, o leite é ofertado em seu estado natural e pronto para tomar. Na internet, existem sites e fóruns que são frequentados por aqueles que desejam comprar ou vender o leite humano.

     No entanto, quando o leite humano é consumido por adultos o conteúdo nutricional do leite humano é inferior ao leite de vaca, bem diferente do que acreditam estes consumidores. Além disso, os riscos do consumo desse alimento incluem contaminantes químicos e ambientais. 

      E mais, o leite vendido na internet não é pasteurizado, o que expõe o consumidor a doenças relacionadas ao leite natural. A falta de pasteurização promove um alto risco bacteriano, além de expor o consumidor a doenças infecciosas como citomegalovírus, hepatite B e C, HIV e sífilis, entre outras. Álcool, drogas lícitas ou ilícitas, tabaco e cafeína passam para o leite paralelamente com outros contaminantes naturais ambientais.

Inglaterra e Brasil

     O famoso site inglês Only The Breast, que entrou no ar no início de 2010, tem hoje mais de 7 mil mães para vender ou comprar leite materno. Há, inclusive, área para doação e também para a venda para homens adultos, que acreditam que o leite materno ajuda a ganhar massa muscular de forma mais rápida. Mas por lá este mercado ainda não é regulamentado.

      No Brasil, de acordo com a legislação vigente, tecidos, órgãos e fluídos corporais - como leite, sangue e saliva - não podem ser comercializados. Por aqui, o leite materno não é, nem pode ser, uma fonte de renda. O modelo brasileiro é diferente do modelo norte-americano, onde não há um critério único. Lá existem bancos de leite em que a mãe paga pelo serviço de coleta, por exemplo, e há bancos em que não se paga. Nos Estados Unidos, 30 ml de leite podem custar até US$ 4. Por isso, estes sites ganham importância e são perigosíssimos.

Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes

Nenhum comentário:

Postar um comentário