segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Voltar ao trabalho ainda no período de amamentação: tarefa difícil para muitas mães

Começa hoje, dia 03, e vai até o dia 07, a Semana do Aleitamento Materno, e que este ano apresenta o tema Amamentação e Trabalho: Para dar certo o compromisso é de todos. O objetivo da campanha é chamar a atenção para a dificuldade que as mães que trabalham enfrentam na volta ao trabalho depois da licença-maternidade de quatro meses, mas que estão ainda dentro do período de amamentação. 

Embora a legislação trabalhista em vigor preveja dois intervalos para a amamentação, de meia em meia hora cada, durante a jornada de trabalho, até que a criança complete seis meses - mínimo recomendado - , nem sempre essa prática é viável. Por causa da distância a ser percorrida entre o trabalho e casa, algumas mães usam os períodos para negociar com o empregador outros arranjos, como entrar uma hora mais tarde ou sair uma hora mais cedo.

Coleta e armazenamento do leite

Como meio de lidar com as dificuldades nesta etapa, a saída para algumas mães é a coleta do leite. E a forma de manter o alimento em condições saudáveis para a criança, segundo orientação da gerente do Centro de Referência para Bancos de Leite Humano do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, Daniela Aparecida, é que a coleta do leite pode ser feita por expressão manual e bombas manuais ou elétricas e que deverão estar devidamente esterilizadas, assim como os frascos onde o leite será acondicionado, para logo em seguida ir ao congelamento. Os frascos devem conter a data da coleta do leite, que tem prazo de validade por 15 dias.

Salas de apoio à amamentação

De acordo coma  gerente, "o ideal seria que toda empresa tivesse uma sala de apoio à mulher que retorna do trabalho e ainda está amamentando seu filho. Uma salinha com uma cadeira confortável, um freezer onde se possa armazenar o leite que ela irá retirar durante o expediente e uma pia para lavar as mãos é o suficiente para acolher esta mãe e garantir que seu filho continue recebendo o leite materno". Com esta iniciativa, garante Daniela, o retorno das mães ao trabalho não se torna algo tão doloroso, "pois elas continuam amamentando e mantendo o vínculo afetivo.

O ganho é para todos. Empresários também podem contar com a vantagem de ter uma funcionária cumprindo com toda a carga horária, sem a necessidade de se ausentar mais cedo. Além do que isso pode representar menos ausência ao trabalho; um bebê amamentado adoece menos.

Fonte: Agência de Notícias da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz


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