sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Após decadas de seu fechamanto, estúdio cinematográfico Vera Cruz voltará a funcionar

Cartaz do primeiro longa-metragem
da Vera Cruz
Quem tem menos de 60 anos de idade, certamente só ouviu falar; os demais acompanharam sua fase áurea. Mas agora, todas as gerações irão acompanhar suas atividades. Mais de seis décadas após o fechamento, a Companhia Cinematográfica Vera Cruz voltará a funcionar. Grandes nomes do cinema, do teatro e da televisão, como Mazzaropi, Dercy Gonçalves, Grande Otelo, Tônica Carreiro, Anselmo Duarte, Eliane Lage, Marisa do Prado e Renato Consorte foram revelados e projetados pelo estúdio cinematográfico brasileiro, que funcionou entre 1949 e 1954 em São Bernardo do Campo, região do Grande ABC de São Paulo.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Prefeitura de São Bernardo e a empresa paulista Telem S.A., que terá a concessão e exploração de direitos do local por 30 anos. No período de vigência do contrato, a Telem que atua no segmento de técnica de áudio, vídeo e cinema, deverá investir R$ 158 milhões na recuperação do estúdio. Com isso, a cidade de São Bernardo volta a fazer parte do cenário da produção cinematográfica.

Espaço 

O complexo de 46 mil metros quadrados terá sete estúdios, de diferentes tamanhos, centro cultural, salas de produção, memorial e um teatro com capacidade para 853 pessoas, sendo 698 na plateia e 155 no balcão. As obras também deverão acontecer na área externa do local, que é tombado em função de seu valor artístico-cultural para a região do ABC e para o estado de São Paulo. Ontem foi possível conhecer o local antes do início das obras.

Historia

A Vera Cruz produziu e co-produziu mais de 40 filmes. Foi responsável por produções como Tico-tico no Fubá (1952), dirigido por Adolfo Celi e O Cangaceiro (1953), de Lima Barreto, que ganhou prêmios no Festival de Cannes, na França, com o clássico da música brasileira Mulher Rendeira.

Há anos, o espaço vem sendo usado para feiras e exposições. Funcionou de forma esporádica para alguns filmes, como Lula, filho do Brasil, de Fabio Barreto.


Fonte: Ministério da Cultura

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