quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Recife sediará Campeonato de Dança em Cadeira de Rodas

Em novembro, a cidade de Recife, Pernambuco, irá sediar o XIV Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas e a XIV Mostra Nacional de Dança Artística em Cadeira de Rodas, edição 2015. O evento ocorre através de parceria entre a Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas, CBDCR, a Cia. Cadências de dança em cadeira de rodas e o Centro Universitário Maurício de Nassau. As inscrições já estão abertas e vão até o dia 23 de outubro. A edição de 2015 será realizada de 26 a 28 de novembro e contará com danças latinas na categoria Combi e Duo Dance, além das danças Standard na categoria Combi. Mais informações, através do link: http://www.cbdcr.org.br/

Sobre a modalidade


Cia. Cadência de dança em cadeira de rodas, apresentando
estilo Dança Combinada
No Brasil, a dança em cadeira de rodas teve início a partir de 1990 e atualmente é praticada em mais de 15 estados com participação de aproximadamente 200 dançarinos com deficiência física. 

Este esporte pode ser praticado em diferentes estilos, como por exemplo, a dança de salão, Folk, ballet clássico ou moderno, entre outras. Existe também distintas modalidades, como a Dança Combinada (uma pessoa em cadeira de rodas dançando com uma pessoa sem deficiência), Dança em Dupla (as duas pessoas em cadeiras de rodas), Dança de Grupos (grupos apenas de cadeirantes ou grupos mistos, com parceiros sem deficiência, em coreografias estruturadas ou livres) e Dança Individual, só um cadeirante.

A professora Soyane Vargas, coordenadora do Grupo Holos, em Niterói, Rio de Janeiro, enumera alguns fatores importantes para a dança sobre rodas. Um deles é a relação entre a pessoa com deficiência e sua cadeira de rodas, afirmando que quanto maior for a adaptação, melhor o resultado final. 

Diferentemente como muitos podem pensar, Soyane não relaciona a dança como terapia, porque para ela, o conceito de terapia remete ao tratamento de doentes e a dança para pessoas com deficiência é um direito de acesso à arte, como prática de atividade física e exercício de cidadania. Por outro lado, se for uma atividade terapêutica, deve ser ensinada por profissionais competentes para isso.

Grandes são os desafios da dança sobre rodas. Um deles é tornar os dançarinos cadeirantes reconhecidos como produtores de arte e não como pessoas com deficiência que dançam. E criar políticas públicas capazes de reconhecer o valor da arte para o desenvolvimento das pessoas em geral e das pessoas com deficiência em específico.

Fonte e fotos: CBDCR

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